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Redatora
Publicado em 12 de agosto de 2025 às 10h55.
Marcas não escolhem suas paletas de cores ao acaso. Por trás de um simples tom, existe uma estratégia baseada em ancestralidade, psicologia e comportamento do consumidor.
Desde a fome provocada pelo vermelho da Coca-Cola até a sofisticação do azul Tiffany, cores ativam memórias profundas no subconsciente e moldam a relação que temos com produtos e serviços.
Segundo Hugo Cavalari, especialista em marketing digital, as cores ativam mecanismos cerebrais primitivos.
“Vem da época em que caçávamos e víamos o sangue da presa ou uma cobra venenosa cruzando o caminho”, ele explica.
Esse tipo de memória ancestral influencia até hoje nossa tomada de decisão, inclusive na hora de escolher um produto na prateleira do supermercado.
Ele afirma que a cor também é uma ferramenta de diferenciação. Marcas como o Nubank, desafiaram a lógica do setor bancário ao usar roxo, uma cor até então impensável para transmitir segurança financeira.
“Eles entenderam o público jovem, que estava aberto a essa disrupção. A escolha da cor foi fundamental para romper com o tradicional e marcar território”, afirma o especialista.
O uso de cores está diretamente ligado ao posicionamento. Antes de definir uma paleta, marcas cruzam estudos de psicologia das cores com o perfil do público-alvo.
“Se quero transmitir tranquilidade e confiança, vou para o azul. Se quero algo mais energético, escolho o amarelo ou o laranja. É esse estudo que garante coerência entre o que a marca é e o que ela transmite”, explica.
A análise também considera o mercado e a concorrência. O objetivo é destacar-se sem perder sintonia com os valores do público.
“Se você coloca um frasco preto, como algumas marcas fizeram, rompe o padrão visual e se destaca imediatamente na gôndola”, exemplifica.
Mais do que chamar atenção, a cor precisa gerar identificação. “Ela não pode ser só bonita. Precisa conversar com o cérebro do consumidor”, resume.
Algumas marcas levam a estratégia a um nível ainda mais sofisticado: transformam a cor em um ativo exclusivo. Um exemplo clássico é o azul Tiffany.
“A marca criou um tom de azul que não existia e o transformou em símbolo de luxo. Foi tão forte que conseguiu registrar a cor. É como se tivesse patenteado um sentimento”, destaca o especialista.
Hugo acredita que a conexão emocional e simbólica é o que torna o uso da cor tão poderoso no branding. Mais do que preencher espaços, ela molda narrativas, constrói identidade e gera valor.
Afinal, como reforça o especialista: “Não é só estética. É instinto. É inconsciente. E as marcas sabem disso”.
Seja qual for o tamanho da empresa ou o estágio da sua carreira, acompanhar — e aplicar — as tendências do mercado pode ser o diferencial que o separa da concorrência.
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