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Essa é a meta número 1 dos CEOs do mercado, segundo o presidente da IBM América Latina

Em evento, Tonny Martins reforçou que a IA será um motor de crescimento econômico global e redefinirá modelos de negócios e destacou os desafios da sustentabilidade

Tonny Martins, presidente da IBM América Latina (IBM/Divulgação)

Tonny Martins, presidente da IBM América Latina (IBM/Divulgação)

Guilherme Santiago
Guilherme Santiago

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Publicado em 25 de fevereiro de 2025 às 15h31.

Última atualização em 25 de fevereiro de 2025 às 16h01.

A incorporação de novas tecnologias (em especial aquelas que se relacionam com a inteligência artificial) não é mais uma opção para os CEOs. Para Tonny Martins, presidente da IBM América Latina, essa é uma prioridade absoluta. 

Esse foi o tema central do evento ‘Tendências 2025: Inovação Sustentável com IA Centrada nas Pessoas’, promovido pela Saint Paul e EXAME, nesta terça-feira (25), com a participação de alunos, ex-alunos e membros da comunidade dos High Impact Programs com profissionais em cargos da alta liderança.

Martins destacou que o futuro das empresas passa, inevitavelmente, pela inovação tecnológica. “Não existe mais desenvolver modelos de negócios sem pensar em tecnologia. É preciso pensar com o olhar de inovação”, afirmou.

Um estudo da IBM, conduzido com 400 líderes globais, corrobora com o discurso do executivo e aponta as cinco principais tendências que irão moldar o mercado em 2025. Dentre as projeções, a IA aparece no centro.

As 5 tendências que vão impactar os negócios

  • Requalificação é essencial. Os agentes de inteligência artificial vão transformar as empresas, mas o primeiro passo é requalificar as equipes.
  • Dívida técnica em alta. Mesmo com esforços para desacelerar a lacuna de domínio das novas tecnologias, a dívida técnica segue crescendo.
  • IA e estratégia de localização. Executivos já preveem que a inteligência artificial terá um papel central em decisões estratégicas a partir de 2026.
  • Revolução nos orçamentos de TI. A migração para a inteligência artificial está reconfigurando os orçamentos de tecnologia, mas o autofinanciamento é uma tendência iminente.
  • Inovação no topo da lista. CEOs colocam a criação de novos produtos e serviços de inteligência artificial como prioridade máxima na agenda, embora os modelos de negócios ainda não estejam totalmente adaptados.

A próxima grande revolução econômica

Se a internet foi o motor econômico dos últimos 30 anos, a IA promete um impacto ainda maior e em menos tempo. Estudos da McKinsey Global Institute estimaM que a tecnologia poderá adicionar cerca de US$ 13 trilhões ao PIB global até 2030. Para a PwC, esse valor pode chegar a US$ 15 trilhões.

Mas Martins pondera que a corrida pela inteligência artificial não é apenas sobre ganhos financeiros. Para ele, “a capacidade e o impacto da tecnologia nos modelos de negócios vão definir a competitividade futura das empresas.”

Para empresas que querem aproveitar ao máximo o potencial da IA, há três pilares para ficar de olho. Veja, abaixo, quais são eles.

  • Criação de valor: a velocidade das disrupções tecnológicas exige uma constante revisão dos modelos tradicionais.
  • Produtividade: processos otimizados e redução de custos são alguns dos ganhos imediatos.
  • Talento: a ascensão da IA também redefine perfis de liderança e incentiva culturas empresariais mais colaborativas.

O lado B da IA: o impacto ambiental

Enquanto as oportunidades de crescimento se multiplicam, um desafio crítico permanece: a sustentabilidade. Tecnologias como a IA demandam alto consumo de energia, revela o executivo da IBM. Segundo ele, o setor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) é responsável por 6% das emissões globais, enquanto os data centers consomem entre 3% e 4% da energia mundial. “Isso precisa ser sustentável”, alertou Martins. 

No entanto, as iniciativas verdes ainda têm pouca presença nas estratégias de longo prazo das empresas. Segundo Martins, quatro fatores explicam essa dificuldade:

  • Falta de dados estruturados
  • Dificuldade em medir impactos
  • Integração com o negócio
  • Governança frágil

IA e sustentabilidade: caminham lado a lado

Para Martins, a IA pode ser uma ferramenta fundamental para mitigar os impactos ambientais causados pela própria tecnologia.

"A inteligência artificial tem potencial para ajudar empresas a criarem planos que não apenas reduzem danos, mas também ampliam o impacto positivo em suas cadeias de valor"Tonny Martins, presidente da IBM América Latina

Entre as vantagens da combinação entre IA e sustentabilidade estão a capacidade de estruturar agendas de longo prazo e de gerar impactos positivos em toda a cadeia produtiva. “A inteligência artificial se beneficia e também impacta positivamente a agenda ESG", diz ele. "O grande desafio é gerar resultados concretos”, concluiu o executivo.

Em um cenário no qual tecnologia e sustentabilidade se cruzam, a prioridade dos CEOs está clara - e o desafio também: inovar sem comprometer o futuro.

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