Estagiária de jornalismo
Publicado em 22 de outubro de 2025 às 11h35.
Evitar estratégias de curto prazo baseadas em euforia e apostar em fundamentos sólidos são atitudes indispensáveis para qualquer profissional de finanças corporativas comprometido com a geração de valor sustentável.
Quem alerta é Jim Cramer, ex-gestor de fundos de hedge, no livro “Como Ganhar Dinheiro em Qualquer Mercado”.
No início do livro, Cramer destaca uma série de decisões que, segundo ele, são “caminhos fáceis para o desastre” quando o assunto é construção de riqueza.
Entre elas, está a prática de apostar em ações “meme”, ou seja, em empresas que viralizam na internet e atraem investidores em busca de ganhos rápidos, como foi o caso da GameStop em 2021.
Naquele período, as ações da varejista dispararam de centavos para mais de US$ 120 por ação, impulsionadas por fóruns como o Reddit.
No entanto, anos depois, voltaram a patamares modestos, hoje girando em torno de US$ 20. As informações foram retiradas de CNBC Make It.
Para ele, a euforia em torno dessas ações não passa da chamada “teoria do tolo maior”, uma lógica em que se compra um ativo supervalorizado esperando vendê-lo a alguém ainda mais otimista (ou desinformado).
Essa mentalidade especulativa, segundo o especialista, não combina com a realidade de empresas que precisam gerir grandes volumes de capital com responsabilidade e foco no futuro.
“Quando você compra ações como a GameStop, isso é literalmente uma dança das cadeiras, e eu sou contra a dança das cadeiras e sou a favor de investir.”, ele afirma.
O alerta é especialmente relevante para profissionais de finanças corporativas, que muitas vezes são os guardiões da liquidez e do planejamento estratégico das empresas.
Decisões precipitadas, mesmo que tenham ótimas proposta no curto prazo, podem impactar negativamente não só o desempenho financeiro de um período, mas a reputação e a sustentabilidade do negócio no longo prazo.
Cramer não é totalmente contra a especulação, ele mesmo sugere que uma pequena parte da carteira de investimentos possa ser dedicada a apostas mais ousadas, desde que dentro de uma estrutura sólida de capital.
No entanto, ele enfatiza que as escolhas principais devem recair sobre ativos fundamentados em dados, resultados e vantagens competitivas reais.
“Gostaria que você entrasse [em uma ação] e, se for uma empresa realmente boa, você fica”, afirma. “Mas a GameStop não era uma boa empresa. Eram apenas pessoas que estavam apenas correndo atrás.”, ele complementa.
A orientação de Cramer ecoa uma questão para os líderes e analistas de finanças corporativas, afirmando que: é preciso resistir à tentação do ganho rápido em favor de uma construção sólida e estratégica de valor.
Isso significa: Estudar balanços
“Minha versão de investimento pode não lhe dar a euforia instantânea de uma ‘vitória’ de curto prazo que eventualmente desabará”, escreve. “Mas comprar e manter ações de empresas de ponta pode aumentar seu dinheiro de forma espetacular ao longo do tempo.”, diz o ex-gestor.
No ambiente corporativo, essa abordagem não é apenas prudente, é essencial. Afinal, quando os recursos de uma empresa estão em jogo, não há espaço para apostas.
Há, sim, espaço para estratégias que pavimentem o crescimento sustentável, mitiguem riscos e posicionem a organização para competir no longo prazo.
Dominar as finanças corporativas não é apenas sobre números, é também sobre compreender o motor financeiro por trás de cada decisão de negócio.
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