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Fabricante de Skittles e M&M’s lançará versões com corantes naturais em 2026

Empresa manterá produtos com corantes artificiais enquanto amplia opções mais saudáveis para os consumidores

Skittles (Divulgação)

Skittles (Divulgação)

Publicado em 19 de agosto de 2025 às 16h27.

A Mars, fabricante do Skittles e M&M’s, informou que começará a vender versões de seus principais produtos com corantes naturais a partir de 2026. O anúncio ocorre em meio a discussões sobre a retirada de aditivos artificiais do mercado nos Estados Unidos.

Segundo a empresa, os novos produtos ampliarão a escolha dos consumidores, mas não substituirão as versões com corantes artificiais, que continuarão sendo fabricadas e comercializadas.

Segundo a Bloomberg, a Food and Drug Administration (FDA) classificou a iniciativa como positiva e afirmou que apoia a redução do uso de corantes artificiais. Nos Estados Unidos, não existe até o momento uma proibição federal sobre corantes artificiais.

Atualmente, apenas o estado da Virgínia Ocidental tem uma lei aprovada para proibir corantes artificiais a partir de 2028.

Regulamentação

A abordagem atual do governo federal é baseada em compromissos voluntários da indústria. Para entidades como o Center for Science in the Public Interest, a Consumer Reports e o Environmental Working Group, apenas uma regulação nacional obrigatória teria impacto real na redução do consumo de aditivos sintéticos.

A iniciativa da Mars segue um padrão já adotado em outras indústrias. A Coca-Cola anunciou recentemente versões de bebidas adoçadas com açúcar de cana sem retirar as opções produzidas com xarope de milho rico em frutose.

Especialistas avaliam que esses lançamentos buscam atender demandas específicas de mercado e exigências regulatórias estaduais, sem alterar substancialmente o portfólio principal.

Brian Ronholm, diretor de política alimentar da Consumer Reports (organização de consumidores em fins lucrativos), disse à Bloomberg que depender apenas de iniciativas voluntárias das empresas não garante resultados. “Eles estão contando com as empresas para fazerem isso voluntariamente, e elas demonstraram que não querem seguir esse caminho. A única maneira de obter benefício para o consumidor é uma proibição federal”.

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