Elon Musk: homem mais rico do mundo bateu novo recorde nesta quinta-feira, 2 (The Washington Post / Colaborador)
Repórter
Publicado em 2 de outubro de 2025 às 13h13.
Última atualização em 2 de outubro de 2025 às 13h15.
Elon Musk, o homem mais rico do mundo, atingiu um novo recorde nesta quinta-feira, 2. Segundo o ranking de bilionários da Forbes em tempo real, a fortuna do CEO da Tesla agora é de US$ 500 bilhões — valor quase 136% maior do que todos os bilionários brasileiros da lista.
Juntos, os 56 brasileiros mais ricos listados pela Forbes têm fortuna acumulada de US$ 212 bilhões (cerca de R$ 1,13 trilhão na cotação atual). A riqueza estimada de Musk, por sua vez, fica na casa dos R$ 2,66 trilhões. A pessoa mais rica do Brasil, Eduardo Saverin, por exemplo, tem uma fortuna de US$ 39,7 bilhões.
Com sua fortuna somada a um pacote de remuneração anual de US$ 1 trilhão sugerido pela Tesla, Musk pode, inclusive, se tornar o primeiro trilionário do mundo em dólares.
Segundo a Informa Connect Academy, o marco de US$ 1 trilhão em fortuna pode ser atingido já em 2027.
Mas não sozinho: outros bilionários também estão na disputa. Gautam Adani, do grupo indiano Adani, poderia chegar ao valor em 2028, seguido por Jensen Huang (Nvidia), Prajogo Pangestu (energia e mineração), Bernard Arnault (LVMH) e Mark Zuckerberg (Meta), todos com chances até o início da próxima década.
A Tesla apresentou uma nova proposta salarial para Musk no dia 5 de setembro. O contrato, com duração de dez anos, prevê que Musk permaneça no cargo até 2035 e alcance metas de desempenho que multiplicariam por quase oito vezes o valor da empresa.
Hoje, a Tesla está avaliada em cerca de US$ 1,1 trilhão. O objetivo é elevar esse número a US$ 8,5 trilhões, patamar comparável à soma do valor de mercado da Microsoft, Alphabet e Meta juntos.
Se as metas forem cumpridas, Musk terá direito a 423,7 milhões de novas ações, equivalentes a quase US$ 900 bilhões adicionais em sua fortuna, segundo a Time — o que faria a fortuna de Musk alcançar cerca de US$ 1,319 trilhão.
Entre as metas definidas pelo conselho da Tesla estão a consolidação de um serviço global de robotáxis e o avanço da linha de robôs humanoides. O projeto mais emblemático é o Optimus, apresentado em 2022, que a empresa pretende transformar em ferramenta para indústrias e residências.
Estudos citados pela Tesla projetam que o mercado global de robôs humanoides pode alcançar US$ 4,7 trilhões até 2050. Para Musk, esses produtos têm potencial de revolucionar a produtividade mundial e se tornar mais valiosos do que os carros elétricos.
O novo plano surge em meio a um histórico conturbado. Em 2018, acionistas da Tesla aprovaram um pacote de remuneração estimado em US$ 50 bilhões para Musk. A iniciativa foi posteriormente derrubada por um tribunal de Delaware, que criticou falhas de governança e a influência excessiva de Musk sobre o conselho.
Em dezembro de 2024, a Justiça voltou a invalidar a proposta de 2018, reforçando a pressão sobre a empresa para elaborar um novo modelo de compensação. O atual pacote, portanto, é uma tentativa de encerrar a disputa e manter o executivo no comando.
Robyn Denholm, presidente do conselho, tem liderado a defesa da proposta. Em entrevistas, ela afirma que “reter e incentivar Elon é fundamental para que a Tesla se torne a empresa mais valiosa da história”.
Apesar do otimismo do conselho, as condições do mercado não são simples. As vendas da Tesla recuaram no último ano, e a empresa enfrenta críticas pela demora em diversificar sua linha de produtos.
O modelo Cybertruck, lançado em 2023, registrou resultados aquém das expectativas, e a aposta em robotáxis ainda está restrita a testes em Austin, no Texas.
Musk também tem dividido sua atenção entre a Tesla e outras empresas, como a SpaceX e a startup de inteligência artificial xAI. Sua breve participação em Washington, durante o segundo mandato de Donald Trump, também gerou receio entre investidores quanto ao foco do executivo.