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Furacão gera maior interrupção em 15 anos na produção de petróleo offshore

A passagem do furacão Delta interrompeu a produção de 1,69 milhão de barris de petróleo por dia (bpd), o equivalente a 92% do bombeamento do Golfo

Furacão Delta gerou ventos de 175 km/h ao passar pela principal área produtora de petróleo do Golfo (Adrees Latif/Reuters)

Furacão Delta gerou ventos de 175 km/h ao passar pela principal área produtora de petróleo do Golfo (Adrees Latif/Reuters)

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Reuters

Publicado em 9 de outubro de 2020 às 17h07.

Última atualização em 9 de outubro de 2020 às 21h03.

De maneira poderosa, o furacão Delta desferiu o maior golpe em 15 anos sobre a produção de energia offshore na parcela do Golfo do México regulada pelos Estados Unidos, interrompendo a maior parte do bombeamento de petróleo da região e quase dois terços da produção de gás natural.

O Delta gerou ventos de 175 quilômetros por hora ao passar pela principal área produtora de petróleo do Golfo, avançando em direção à costa da Louisiana. Segundo uma atualização matutina do Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla em inglês), o fenômeno climático estava cerca de 129 quilômetros ao sul de Cameron, Louisiana, e se movia rumo ao norte a cerca de 20 quilômetros por hora.

A passagem do Delta interrompeu a produção de 1,69 milhão de barris de petróleo por dia (bpd), o equivalente a 92% do bombeamento do Golfo, maior nível de paralisação desde 2005, quando o furacão Katrina destruiu mais de 100 plataformas offshore e impediu a produção local por meses.

Portos de Beaumont, no Texas, a Lake Charles, na Louisiana, foram fechados nesta sexta-feira, enquanto os localizados mais a leste, como os de Morgan City e Nova Orleans, permaneceram abertos, mas com restrições, disse a Guarda Costeira americana.

Trabalhadores foram retirados de 281 instalações offshore no Golfo do México, enquanto produtores moveram 14 sondas para afastá-las dos ventos do Delta. Os ventos de força tropical se estendem por até 257 quilômetros do epicentro do fenômeno, disse o NHC.

Além do impacto no petróleo, empresas paralisaram quase 62% da produção de gás natural da região, ou 1,684 bilhão de pés cúbicos por dia. Campos offshore no Golfo do México respondem por cerca de 15% da produção de petróleo dos Estados Unidos e 5% da de gás natural.

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