Agência
Publicado em 18 de março de 2025 às 15h12.
O governo chinês anunciou que investirá 66,74 bilhões de yuans (aproximadamente US$ 9,22 bilhões) em subsídios para impulsionar a criação de empregos em 2025. A medida foi divulgada nesta segunda-feira (18) durante uma coletiva de imprensa do Conselho de Estado, com o objetivo de fortalecer o mercado de trabalho e apoiar políticas de incentivo no nível local.
Os recursos serão direcionados ao fomento do empreendedorismo, à coordenação de investimentos públicos e à melhoria da qualificação da força de trabalho. Segundo Fu Jinling, diretor-geral do Departamento de Construção Econômica do Ministério das Finanças, o objetivo é ampliar as oportunidades para grupos-chave, como recém-formados, e corrigir desequilíbrios estruturais no mercado de trabalho.
Além disso, os subsídios visam fortalecer a capacitação de trabalhadores qualificados, garantindo maior estabilidade e empregabilidade em diversos setores. O governo também incentivará as empresas a ampliarem suas contratações e a adotarem políticas de retenção de funcionários.
Com o intuito de aliviar os custos das empresas e evitar demissões, o governo manterá a redução temporária das taxas de seguro-desemprego e de acidentes de trabalho. As instituições financeiras também serão incentivadas a oferecer crédito para empresas que buscam preservar e expandir suas equipes.
Nos primeiros dois meses de 2025, a taxa média de desemprego urbano foi de 5,3%, similar ao registrado no mesmo período de 2024, segundo o Escritório Nacional de Estatísticas (NBS). “O desemprego segue dentro da faixa normal, e o mercado de trabalho continua estável”, afirmou Fu Linghui, porta-voz do NBS.
Apesar da estabilidade no índice de desemprego, o governo chinês reconhece que manter e expandir o emprego será um desafio diante da recuperação econômica ainda instável e do cenário global incerto. Em 2025, a China terá 12,22 milhões de novos graduados universitários ingressando no mercado de trabalho, além de mais de 30 milhões de pessoas que saíram da pobreza e um grande número de trabalhadores migrantes das áreas rurais.