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Grupo Boticário prevê crescimento de 16% em 2014

O presidente da companhia considerou que a projeção é mais fraca do que os 18% esperados no início do ano e destacou que a Copa do Mundo teve impacto negativo


	Loja do Boticário: espera chegar a 3,9 mil pontos de venda considerando todas as marcas
 (Ricardo Correa/EXAME.com)

Loja do Boticário: espera chegar a 3,9 mil pontos de venda considerando todas as marcas (Ricardo Correa/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 26 de agosto de 2014 às 15h00.

São Paulo - O Grupo Boticário, fabricante e varejista de cosméticos, acredita que as vendas devam crescer em torno de 16% este ano ante 2013, acima da projeção de 11,8% para o mercado segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec).

O presidente da companhia, Artur Grynbaum, considerou que a projeção é mais fraca do que os 18% que a companhia tinha como expectativa no início do ano e destacou que a Copa do Mundo teve um impacto negativo nas vendas do primeiro semestre.

"Acredito que o segundo semestre deva superar as expectativas, depois que os feriados e dias de jogos na Copa do Mundo afetaram as vendas em junho e julho", comentou o executivo.

Além da marca O Boticário, o grupo é dono da Quem disse, Berenice?, da rede The Beauty Box e tem uma operação de venda direta com a marca Eudora. Os 16% de crescimento projetados pelo Grupo Boticário para o ano são superiores ao que uma grande concorrente, a Natura, já registrou até o momento, que foi alta de receitas de 9,5% no primeiro semestre ante o ano anterior.

Apesar da perspectiva otimista, Grynbaum considerou que o ambiente de consumo no Brasil segue delicado, embora destaque que o mercado de cosméticos tende a ser mais resiliente. Ele afirmou que as eleições tornam as projeções para o ano mais difíceis de serem feitas e aumentam incertezas.

Considerou ainda que 2015 tende a ser um ano de ajustes independentemente de quem vença nas urnas. "Deve haver pressão em alguns preços, o que tira a capacidade de consumo das famílias", lembrou.

Há no momento, segundo ele, um ambiente difícil de pressão de custos e dificuldade de repasse aos preços finais. "Existe uma pressão que vem tanto do câmbio quanto dos dissídios salariais", ponderou. "Nosso esforço é o de compensar esses efeitos com ganhos de eficiência na cadeia", acrescentou.

Expansão

Depois de investimentos de R$ 535 milhões em uma nova fábrica em Camaçari que começa agora a operar, e em um centro de distribuição, o Grupo Boticário ainda investe numa acelerada expansão em número de lojas.

A companhia espera chegar a 3,9 mil pontos de venda considerando todas as suas marcas de varejo até o final de 2014. Hoje, são aproximadamente 3,6 mil da marca O Boticário, 116 de Quem disse, Berenice? e 22 da The Beauty Box.

A companhia começou há poucas semanas sua entrada num novo mercado internacional, abrindo suas primeiras lojas na Colômbia. Hoje são sete países em que o grupo atua.

De acordo com Grynbaum, a companhia vai concentrar os esforços na Colômbia para garantir uma expansão gradual antes de ampliar atuação em mais países da América Latina. Além da Colômbia, a empresa está no Paraguai e na Venezuela.

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