Negócios

Grupo Pão de Açúcar pode vender Via Varejo

Grupo Pão de Açúcar contratou o Santander para estudar alternativas para empresa, que vale quase R$ 4 bilhões

Via Varejo: Casino quer que o GPA continue focando principalmente no segmento alimentar (Via Varejo/Divulgação)

Via Varejo: Casino quer que o GPA continue focando principalmente no segmento alimentar (Via Varejo/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de novembro de 2016 às 08h11.

São Paulo - O controle da Via Varejo, braço de eletroeletrônico do Grupo Pão de Açúcar (GPA), dono das bandeiras Ponto Frio e Casas Bahia, poderá ser vendido, apurou o Estado.

O GPA, controlado pelo grupo francês Casino, contratou o banco Santander para estudar alternativas para a empresa, que tem valor de mercado de quase R$ 4 bilhões.

Em comunicado ao mercado, a varejista informou que o conselho de administração do GPA, em reunião realizada nesta quinta-feira, 3, autorizou a diretoria da companhia a dar início a um processo de avaliação de alternativas estratégicas envolvendo o seu investimento na Via Varejo.

A empresa informou ainda, por meio de fato relevante, que a iniciativa alinha-se com a estratégia da administração de continuar priorizando o desenvolvimento do negócio alimentar, principal atividade da Companhia Brasileira de Distribuição (CBD).

"A CBD não estabeleceu um cronograma para concluir o processo e não fará comentários adicionais até que haja uma nova deliberação sobre o tema pelos seus órgãos societários competentes."

Não há nenhuma negociação avançada neste momento, informaram fontes a par do assunto ao Estado. "A Via Varejo tem sido assediada por grupos que atuam no Brasil e outros de fora, mas não há uma oferta firme para o negócio. Ainda são conversas preliminares."

No início de outubro, o Estado publicou que o empresário Michael Klein, acionista da Via Varejo, estaria negociando a venda de suas ações na empresa com o grupo alemão Steinhoff, hoje sediado na África do Sul. A negociação, que ainda estaria em fase inicial, foi avaliada em cerca de R$ 1,5 bilhão, segundo fontes de mercado. A fatia da família Klein na companhia é hoje de 27,3%.

O empresário, que tem investido pesado no mercado de aviação executiva, concessionária de veículos e mercado imobiliário, esteve na França esta semana. À época, a assessoria de Klein negou que a participação do empresário estivesse à venda. Nesta quinta-feira, procurada novamente pela reportagem, a assessoria não se manifestou sobre o assunto.

Mas não é só a fatia de Klein que estaria à venda. O Casino também tem sido sondado por empresas para a venda do controle. Entre os interessados, estão o grupo Steinhoff, que já estaria mantendo conversas paralelas com Klein, e a Lojas Americanas, segundo fontes.

Foco no alimentos

Pessoas familiarizadas com o assunto afirmam que o Casino não descarta vender o controle, uma vez que o foco do controlador do grupo francês Jean-Charles Naouri é varejo de alimentos. "O negócio de eletroeletrônicos foi costurado quando o empresário Abilio Diniz ainda estava no Pão de Açúcar", disse a fonte.

Procurados, Lojas Americanas e o grupo Steinhoff não retornaram os pedidos de entrevista.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:Via VarejoPão de AçúcarCasino

Mais de Negócios

Conheça os líderes brasileiros homenageados em noite de gala nos EUA

'Não se faz inovação sem povo', diz CEO de evento tech para 90 mil no Recife

Duralex: a marca dos pratos "inquebráveis" quebrou? Sim, mas não no Brasil; entenda

Quais são os 10 parques de diversão mais visitados da América Latina — 2 deles são brasileiros