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Huawei quer criar "exército de ferro" para enfrentar EUA, diz fundador

Com sanções dos EUA ameaçando sobrevivência do negócio de smartphones, reestruturação será feita na empresa de tecnologia chinesa, segundo memorando interno

Ren Zhengfei, presidente e fundador da Huawei: chinesa tornou-se em 2019 a segunda maior fabricante de smartphones do mundo, e quer liderar a era do 5G (Mu Jialiang/VCG/Getty Images)

Ren Zhengfei, presidente e fundador da Huawei: chinesa tornou-se em 2019 a segunda maior fabricante de smartphones do mundo, e quer liderar a era do 5G (Mu Jialiang/VCG/Getty Images)

CR

Carolina Riveira

Publicado em 12 de agosto de 2019 às 16h46.

O bilionário fundador da Huawei Technologies pretende iniciar uma reestruturação da gigante de redes que deve durar de três a cinco anos, criando um "exército de ferro" que poderia ajudar a empresa a resistir aos ataques dos Estados Unidos enquanto protege sua liderança na próxima geração de redes sem fio.

Grandes mudanças estruturais estão a caminho, já que as sanções dos EUA ameaçam a sobrevivência do lucrativo negócio de smartphones, alertou Ren Zhengfei, presidente e fundador da Huawei, em memorando interno visto pela Bloomberg News e verificado por uma porta-voz da empresa. A divisão de consumo enfrenta uma "longa e dolorosa marcha", escreveu Ren, em possível referência à histórica marcha do Partido Comunista pela China.

A maior empresa de tecnologia da China enfrenta uma ameaça existencial depois que Washington impediu a Huawei de comprar tecnologia americana, suspendendo o fornecimento de componentes vitais para a empresa, como os chips da Qualcomm e o software operacional Android do Google.

Ren, de 74 anos, disse que uma reestruturação interna é necessária para atender às necessidades de tempos de guerra, ou seja, as organizações consideradas desnecessárias ou redundantes serão eliminadas. Ele não forneceu detalhes sobre como essa reestruturação será conduzida.

"Temos que concluir uma reestruturação em condições duras e difíceis, criando um exército de ferro invencível que pode nos ajudar a alcançar a vitória", escreveu Ren na carta datada de 2 de agosto. "Precisamos concluir essa reorganização dentro de três a cinco anos."

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