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Infraero espera receber R$330 milhões para pagar PDV, diz fonte

Os recursos podem vir de recursos levantados com a nova rodada de concessão de aeroportos

Infraero: "Temos que enxugar mais a empresa para torná-la mais produtiva" (Marcos Santos/USP Imagens/Divulgação)

Infraero: "Temos que enxugar mais a empresa para torná-la mais produtiva" (Marcos Santos/USP Imagens/Divulgação)

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Reuters

Publicado em 18 de outubro de 2016 às 18h27.

Última atualização em 18 de outubro de 2016 às 18h31.

Rio de Janeiro - A Infraero espera receber cerca de 330 milhões de reais para poder indenizar ao menos 1200 funcionários que devem aderir ao plano de demissão voluntária da empresa, disse à Reuters uma fonte próxima ao assunto.

Os recursos podem vir de recursos levantados com a nova rodada de concessão de aeroportos.

O governo quer conceder à iniciativa privada os terminais de Porto Alegre, Florianópolis, Salvador e Fortaleza, nos quais a Infraero tem cerca de 1200 empregados.

A empresa espera que funcionários que trabalham em outros terminais administrados por ela também adiram ao PDV.

"Temos que enxugar mais a empresa para torná-la mais produtiva. Com a nova rodada (de concessões) podemos enxugar entre 1.500 e 2 mil funcionários em todo país", disse a fonte.

Antes do início do processo de concessões, a Infraero chegou a ter mais de 14 mil funcionários. Atualmente, são cerca de 10 mil.

Além disso, há uma discussão no governo para reestruturar a navegação aérea, hoje compartilhada entre Infraero e a Aeronáutica, o que pode baixar ainda mais esse contingente.

"Hoje, cerca de 2 mil funcionários da Infraero são dedicados à navegação aérea. Se a proposta de reestruturação da navegação for aprovada, eles também saem da conta. O modelo ficaria híbrido para transição e depois mudaria de vez", explicou a fonte.

Os valores das outorgas dos 4 terminais ainda não foram confirmadas, mas especula-se que o governo definirá um suficiente para atrair mais interessados, e exigir um investimento mais alto ao longo da concessão.

A data para concessão dos terminais ainda não foi divulgada, mas pode ser que o leilão aconteça em 2017. "Isso ainda depende da MP que vai tratar das concessões", frisou a fonte.

Um dos modelos em estudo é a licitação casada, no qual, quem arremata um terminal rentável tem que ficar com outro menos produtivo.

"Estuda-se um modelo de blocos, 'filé com osso', mas isso depende de uma série de fatores e do apetite de interessados", disse a fonte.

Concessionários de aeroportos licitados nos últimos anos têm tido dificuldades para pagar outorgas dos terminais. Uma das propostas dos concessionários é alongar o prazo do pagamento.

A Infraero é sócia dos terminais concedidos, mas não será mais parceira de grupos privados no leilão dos próximos terminais.

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