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Autora de Harry Potter, J.K. Rowling volta a ser bilionária após uma década

O universo Potter, lançado em 1997, evoluiu para um ecossistema multibilionário que abrange livros, parque de diversão, peças de teatro e jogos

J.K Rowling: os parques são a segunda maior fonte de renda da autora (Chip Somodevilla/Getty Images)

J.K Rowling: os parques são a segunda maior fonte de renda da autora (Chip Somodevilla/Getty Images)

Laura Pancini
Laura Pancini

Repórter

Publicado em 30 de maio de 2025 às 11h48.

Última atualização em 30 de maio de 2025 às 11h52.

J.K. Rowling, autora da série Harry Potter, reconquistou seu lugar entre os bilionários, com uma fortuna estimada em US$ 1,2 bilhão, segundo a americana Forbes.

Apesar das controvérsias em torno das declarações sobre direitos trans, a receita da autora com livros, filmes, peças e parques temáticos segue em forte crescimento, impulsionando um império que já dura quase três décadas.

A trajetória de Rowling é marcada por uma transformação radical: de mãe solteira vivendo de auxílio social no Reino Unido, ela se tornou uma das autoras mais bem-sucedidas da história.

O universo Potter, lançado em 1997, evoluiu para um ecossistema multibilionário que abrange mais de 600 milhões de livros vendidos, adaptações cinematográficas que faturaram US$ 7,7 bilhões e produtos licenciados em parques da Universal ao redor do mundo.

O controle rígido sobre os direitos da obra permitiu que Rowling mantivesse a palavra final em todos os projetos, incluindo os spin-offs da franquia, como a série "Fantastic Beasts". A peça de teatro "Harry Potter and the Cursed Child" e o sucesso dos jogos, como o recordista "Hogwarts Legacy", são exemplos de receitas que sustentam o crescimento constante da marca.

Agora, o cenário se amplia com uma nova série em produção pela HBO Max, que deve estrear em 2026 e promete renovar o interesse pela franquia durante pelo menos uma década, gerando cerca de US$ 20 milhões por ano para Rowling.

Diversificação é o caminho

Nos últimos 20 anos, a autora doou mais de US$ 200 milhões a organizações voltadas as crianças em situação vulnerável, vítimas de violência e pesquisa médica, impactando temporariamente seu patrimônio, que chegou a sair da lista de bilionários em 2012 devido às doações e à alta tributação no Reino Unido.

Sua ligação com os parques temáticos é um dos pilares financeiros: as atrações do Wizarding World nos parques da Universal elevaram o público e as receitas em até 40% desde 2010, segundo especialistas do setor. Os parques são a segunda maior fonte de renda da autora, com faturamento anual superior a US$ 1 bilhão.

No campo editorial, Rowling mantém o controle absoluto das vendas, especialmente no digital, após fundar a Pottermore Publishing em 2012, que aumentou significativamente sua receita durante a pandemia. A série Potter permanece um fenômeno editorial, com presença constante em listas de best-sellers globais.

A franquia Harry Potter tem um valor estimado de US$ 25 bilhões, uma das mais valiosas do entretenimento global. Além do universo Potter, Rowling também mantém sucesso com os livros policiais assinados sob o pseudônimo Robert Galbraith.

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