Negócios

Lucro das empresas abertas sofre tombo de 24% no 2º tri

Dados são consultoria Economatica e levam em conta demonstrativos financeiros apresentados por 312 empresas à CVM (Comissão de Valores Mobiliários).


	Perdas: setor que mais sofreu com queda da lucratividade foi o bancário
 (GettyImages)

Perdas: setor que mais sofreu com queda da lucratividade foi o bancário (GettyImages)

Luísa Melo

Luísa Melo

Publicado em 17 de agosto de 2016 às 13h03.

São Paulo - Juntas, as empresas de capital aberto no país tiveram lucros 24% menores no segundo trimestre, no confronto com o mesmo período do ano passado.

Os dados são da consultoria Economatica e levam em conta demonstrativos financeiros apresentados por 312 companhias à CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

A amostra contempla todas as organizações que divulgaram balanço até agora, com exceção da Eletrobras, que teve resultado excepcional de abril a junho deste ano, o que distorce a comparação.

O lucro líquido consolidado dessas corporações foi de 32,69 bilhões de reais no segundo trimestre deste ano, contra 43,0 bilhões de reais em igual intervalo de 2015.

Considerando a Eletrobras, os números trimestrais saltam de 41,64 bilhões de reais em 2015 para 45,1 bilhões de reais em 2016.

A estatal teve ganhos líquidos de 12,7 bilhões de reais de abril a junho. Os números foram puxados pela contabilização de indenizações bilionárias que ela receberá a partir de 2017 por ter renovado antecipadamente (e com receita menor) contratos de transmissão de energia no fim de 2012.

É o maior lucro nominal registrado para o segundo trimestre desde 1986, início da base de dados da Economatica.

Em valores corrigidos pela inflação, entretanto, dois resultados da Petrobras e um da Vale ficam na frente. Veja abaixo:

Tombo por setor

O setor que sofreu a maior queda nominal de lucratividade no segundo trimestre de 2016, em comparação com igual intervalo de 2015, foi o bancário.

O resultado apresentado por 24 bancos caiu de 19,2 bilhões de reais para 15,1 bilhões de reais em 12 meses. O setor foi impactado principalmente pelo Santander, que viu os ganhos trimestrais encolherem de 3,88 bilhões de reais para 1,34 bilhões na mesma comparação.

Apesar do tombo, o segmento financeiro ainda é o que teve o segundo maior lucro consolidado, atrás apenas do de energia, por conta da Eletrobrás.

Dos 25 nichos de mercado analisados pela Economatica, sete tiveram prejuízo consolidado. O de veículos e peças foi o que apresentou os piores números, com perdas de 1,21 bilhão de reais no segundo trimestre. No mesmo período de 2015, havia sido registrado lucro de 386 milhões de reais. Compare:

Acompanhe tudo sobre:EconomáticaEmpresasgestao-de-negociosLucroResultado

Mais de Negócios

Até mês passado, iFood tinha 800 restaurantes vendendo morango do amor. Hoje, são 10 mil

Como vai ser maior arena de shows do Brasil em Porto Alegre; veja imagens

O CEO que passeia com os cachorros, faz seu próprio café e fundou rede de US$ 36 bilhões

Lembra dele? O que aconteceu com o Mirabel, o biscoito clássico dos lanches escolares