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Mabe fecha fábrica e pede recuperação judicial no Brasil

Companhia sofria problemas de liquidez e está com produção interrompida há três semanas nas três fábricas no País


	Produtos da Mabe: no Brasil companhia fecha fábrica e pede recuperação judicial
 (Divulgação/Facebook)

Produtos da Mabe: no Brasil companhia fecha fábrica e pede recuperação judicial (Divulgação/Facebook)

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Da Redação

Publicado em 4 de maio de 2013 às 10h08.

São Paulo - A Mabe Brasil, terceira fabricante de eletrodomésticos do País e dona das marcas Dako, GE e Continental, entrou ontem com pedido de recuperação judicial. A empresa anunciou também o fechamento da unidade de Itu, no interior de São Paulo, que fabrica lavadoras. A companhia sofria problemas de liquidez e está com produção interrompida há três semanas nas três fábricas no País.

"A medida foi tomada devido a problemas de liquidez. A intenção da empresa é reestruturar sua operação, tornar-se viável no Brasil e cumprir os compromissos adquiridos com consumidores, fornecedores, empregados e autoridades", disse a Mabe, em comunicado.

A Mabe Brasil nasceu da fusão da GE Dako com a área de refrigeração da CCE, em 2004. Controlada pelo grupo mexicano Mabe, a empresa vinha sofrendo mais do que suas concorrentes com o desaquecimento das vendas de produtos de linha branca neste ano, disse ao Estado uma fonte do setor.

Executivos da companhia admitiram a representantes do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região no início do ano que estavam negociando com fornecedores prazos mais alongados para pagamentos, disse o presidente da entidade, Jair dos Santos.

"Depois disso, começou a faltar matéria-prima nas fábricas para um ou outro produto. Até que na semana retrasada, a empresa pediu para os funcionários das três fábricas ficarem em casa", lembrou Santos.

Os trabalhadores de Itu foram demitidos ontem. Segundo o sindicato, são cerca de 1,2 mil pessoas. O temor é que novas demissões ocorram nas outras unidades, localizadas em Hortolândia e Campinas, onde trabalham cerca de 3 mil pessoas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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