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CEO da AKR Brands, Allan Soares, e seu sócio, Rafael Miranda, são os fundadores da holding multimarcas paranaense (Divulgação)
Editor da Região Sul
Publicado em 3 de novembro de 2025 às 19h43.
Última atualização em 3 de novembro de 2025 às 19h46.
Eles vão na contramão dos que avaliam o segmento do vestuário masculino no Brasil como pouco rentável e sem espaço para expansão em escala, especialmente por conta da concorrência cada vez mais acirrada imposta por grandes redes.
Enquanto algumas empresas adotam uma postura mais cautelosa em relação ao próximo ano, os sócios da AKR Brands, holding de moda masculina, se preparam pra inaugurar um novo parque fabril, com 3,2 mil metros quadrados, em Londrina (PR), berço do grupo.
O investimento de R$ 4 milhões vai ampliar em 30% a produção, de 2 milhões de unidades atualmente, para 2,6 milhões de peças por ano. O movimento leva em consideração as projeções de aumento do crédito pessoal e de um novo ciclo de crescimento do varejo previsto para 2026.
Fundada por Allan Soares e Rafael Miranda, o grupo reúne as marcas King&Joe, King&Joe Play e K&J Black. A previsão é faturar R$ 120 milhões, em 2025, e alcançar um crescimento de 20% para o próximo ano, consolidando-se como uma das principais plataformas de moda masculina de atacado no país, com mais de três mil pontos de venda.
Segundo Allan Soares, CEO da AKR Brands, o setor entra em um momento de transformação, marcado por mais competitividade e consumidores exigentes. “O homem brasileiro está mais atento à imagem e ao impacto das roupas que consome, buscando não apenas produtos, mas marcas que representem sua identidade e estilo de vida. Em 2026, o diferencial será equilibrar performance comercial com relevância, criando formas de identificação com o público”, afirma.
A empresa acredita que o varejo do futuro será cada vez mais guiado por dados e propósito, com o uso de CRMs avançados para gestão de estoque e comportamento de compra. O movimento acompanha tendências globais destacadas pelo 2026 Trend Report, da Trend Hunter, que aponta o avanço de experiências híbridas entre o físico e o digital, a automação do e-commerce e o uso de IA generativa para personalizar a jornada de compra.
Além da digitalização, outro pilar que deve guiar o varejo em 2026 é o propósito. O relatório mostra ainda que o consumidor global vem buscando experiências mais empáticas e conectadas ao cotidiano, valorizando autenticidade, diversidade e impacto positivo. No caso da AKR, essa leitura vem moldando campanhas mais reais e menos prescritivas, com narrativas que refletem uma nova masculinidade, plural e acessível.
“Hoje o consumidor de moda compra por afinidade, não por necessidade. As nossas marcas evoluíram acompanhando esse comportamento, mas sem perder a essência do homem vaidoso, que se cuida. A King&Joe, por exemplo, segue com o espírito explorador e livre que a trouxe até aqui. É essa combinação de autenticidade e performance que faz o cliente se identificar e voltar”, explica Soares.
Para o executivo, o principal aprendizado de 2025 foi a importância da agilidade. A rápida adaptação às mudanças de comportamento e de mercado se tornou essencial para garantir resiliência e crescimento sustentável. “Em 2025 aprendemos que o varejo precisa ser vivo, orgânico. Para 2026, queremos ampliar nossa presença digital, investir em tecnologia e fortalecer a proximidade com nossos key accounts, que são parceiros estratégicos para escalar resultados”, completa.
O novo parque fabril, que será inaugurado no início de 2026, simboliza essa nova fase. Com foco em eficiência operacional e integração entre equipes, a estrutura reforça o posicionamento da AKR como um grupo que combina tradição industrial e inovação tecnológica.
“Acreditamos que o futuro da moda está na combinação entre tecnologia e relacionamento humano. A loja física continua sendo o ponto de conexão, mas o digital potencializa o diálogo com o cliente antes e depois da compra”, reforça o CEO.