Negócios

McDonald's indenizará moça que quebrou tornozelo ao fugir de rato

A autora da ação relata ter se ajoelhado em uma cadeira e foi surpreendida ao perceber que o roedor tentava escalar o móvel

McDonald's: a moça alegou ter sofrido dano estético por causa de cirurgia no tornozelo (Kenzo Tribouillard/AFP)

McDonald's: a moça alegou ter sofrido dano estético por causa de cirurgia no tornozelo (Kenzo Tribouillard/AFP)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de junho de 2017 às 16h47.

São Paulo - A Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça negou, por unanimidade, recurso do McDonald's em ação na qual a empresa foi condenada a indenizar em R$ 40 mil uma cliente que fraturou o tornozelo ao tentar escapar de um rato em uma loja da rede, no Rio.

A autora da ação relata ter se ajoelhado em uma cadeira e foi surpreendida ao perceber que o roedor tentava escalar o móvel.

Ao tentar fugir, ela acabou caindo no chão e se lesionando. Após cirurgia decorrente da fratura que sofreu, ela teve de ficar 75 dias sem comparecer ao trabalho e, consequentemente, recebeu benefício do INSS, cujo valor é inferior ao seu salário.

Ela também alegou ter sofrido dano estético por causa de cirurgia no tornozelo.

A juíza de primeira instância determinou ao McDonald's o pagamento de indenização por dano moral de R$ 40 mil, além da diferença salarial que a mulher deixou de receber por causa do acidente.

O Tribunal de Justiça do Rio acrescentou à condenação indenizações por dano estético, fixada em R$ 1 mil, e pela incapacidade parcial permanente, que é calculada com base em 3% sobre a expectativa de vida da autora.

Em recurso dirigido ao STJ, a franquia de fast food alegou que o valor fixado a título de danos morais foi "desproporcional ao dano sofrido pela mulher".

Segundo o McDonald's, a autora também teria se recuperado totalmente da fratura, o que afastaria a condenação por suposta incapacidade parcial permanente.

A relatora do recurso especial, ministra Isabel Gallotti, destacou inicialmente que a Corte estadual concluiu como incontroversa a responsabilidade objetiva da rede de restaurantes pela queda da autora, bem como pelas lesões que ela sofreu.

A ministra também destacou que, segundo o acórdão fluminense, a mulher não recebeu ajuda dos funcionários que estavam no local - um deles, inclusive, mandou que a autora se levantasse após a queda, e o gerente teria afirmado que "conhecia fratura, e que no caso dela, não era".

"Assim, inviável a apreciação dos fatos e provas constantes dos autos, inclusive a falta de apoio à vítima no momento do acidente, bem como a conclusão da origem acerca destes, a fim de verificar a correta valoração dos danos morais, por exigir o reexame fático e esbarrar no óbice da Súmula 7/STJ", concluiu a ministra ao manter a condenação da rede de restaurantes.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da rede, mas não obteve resposta até o fechamento deste texto.

Acompanhe tudo sobre:Fast foodJustiçaMcDonald'sRestaurantes

Mais de Negócios

Com 20 minutos de trabalho por dia, jovem fatura quase meio milhão de dólares com vendas na internet

Casal investe todas as economias em negócio próprio — e fatura milhões com essa estratégia

Bamba, Kichute, Montreal, Rainha: o que aconteceu com as marcas de tênis que bombaram nos anos 80

Rappi zera taxa para restaurantes e anuncia investimento de R$ 1,4 bilhão no Brasil