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Mercedes-Benz reduz previsão de alta para mercado de caminhões

Philipp Schiemer, presidente da empresa, apostava em crescimento de 10%. Agora, diz que vai estar satisfeito se as vendas ficarem estáveis em relação a 2016

Mercedes-Benz: Schiemer acredita que o 2º semestre será um pouco melhor do que o 1º (CLAUDIO GATTI/Reprodução)

Mercedes-Benz: Schiemer acredita que o 2º semestre será um pouco melhor do que o 1º (CLAUDIO GATTI/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de junho de 2017 às 18h06.

São Paulo - O presidente da Mercedes-Benz, Philipp Schiemer, afirmou nesta terça-feira, 13, que o fraco desempenho do mercado de caminhões em 2017, que cai 19,4% no acumulado de janeiro a maio, o forçou a rever para baixo a sua projeção para o segmento no ano inteiro.

Antes, ele apostava em crescimento de 10%. Agora, diz que vai se sentir satisfeito se as vendas ficarem estáveis em relação a 2016.

"Nós já esperávamos um primeiro trimestre difícil, com uma recuperação a partir do segundo semestre, mas hoje isso está ameaçado. Pelo andar da carruagem (as vendas em 2017), que está bem abaixo do ano passado, temos pouco tempo para recuperar esse atraso", disse.

"Tudo depende da instabilidade política, que não ajuda na recuperação, então hoje estou mais cético. Podemos ficar satisfeitos se repetir o resultado do ano passado", acrescentou.

Apesar de ter piorado a sua projeção para o ano, Schiemer continua acreditando que o segundo semestre será um pouco melhor do que o primeiro.

"O efeito do agronegócio será maior e os juros estarão mais baixos, o que significa mais consumo de caminhão", disse. "Além disso, esperamos a volta da confiança com notícias boas, como o crescimento do PIB", afirmou em seguida.

Em relação às reformas do governo de Temer, o executivo disse que, se as propostas forem enfraquecidas, a confiança dos investidores será afetada.

No entanto, ele acredita que, mesmo com a crise política, o saldo será positivo. "Acho que alguma coisa das reformas vai sair, talvez não tão forte como antes, mas a reforma trabalhista vai sair, o que já é um passo", destacou.

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