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Merrill retira oferta à empresa após acordo Turquia-China

Turquia fechou um acordo preliminar de defesa com uma empresa chinesa sob sanção dos Estados Unidos


	Bank of America: Merrill Lynch havia feito uma proposta em conjunto com a turca Halk Investment para assessorar a Aselsan em uma oferta secundária
 (Fred Prouser/Reuters)

Bank of America: Merrill Lynch havia feito uma proposta em conjunto com a turca Halk Investment para assessorar a Aselsan em uma oferta secundária (Fred Prouser/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 6 de dezembro de 2013 às 10h01.

Ancara - O Bank of America Merrill Lynch recuou de uma proposta para prestar consultoria à empresa turca de defesa Aselsan, após a Turquia fechar um acordo preliminar de defesa com uma empresa chinesa sob sanção dos Estados Unidos, disse um representante da Aselsan nesta sexta-feira.

A Turquia, membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), divulgou em setembro que havia escolhido um sistema de defesa aéreo e de mísseis fabricado pela China Precision Machinery Import and Export (CPMIEC), descartando ofertas da franco-italiana Eurosam SAMP/T e da norte-americana Raytheon.

O Merrill Lynch havia feito uma proposta em conjunto com a turca Halk Investment para assessorar a Aselsan em uma oferta secundária, mas desde então escreveu à empresa dizendo que estava se retirando da oferta, disse um representante da Aselsan, pedindo anonimato.

"Recebemos cinco propostas de corretoras. Uma delas era a da Halk Investment com o Merrill Lynch ... devido ao acordo sobre mísseis com a China, o Merrill Lynch nos informou que estava de saída", disse a fonte.

Representantes do Merrill Lynch na Turquia não puderam ser contatados imediatamente para comentar o caso.

Autoridades da OTAN e dos EUA estão descontentes com a escolha da CPMIEC pela Turquia, pois a empresa está sob sanção norte-americana por vender produtos ao grupo composto por Irã, Síria e Coreia do Norte, países banidos sob leis dos Estados Unidos que visam reprimir a proliferação de armas de destruição em massa.

A Turquia disse que o acordo chinês de 3,4 bilhões de dólares oferecia os termos mais competitivos e ajudaria o país a alcançar seu objetivo de construir um setor de defesa nacional mais forte ao permitir a co-produção.

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