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Nippon Steel diz que não descarta cláusula de saída na Usiminas

Empresa fez a proposta de alternância na gestão da Usiminas em 8 de dezembro, mas foi recusada pela Ternium

Presidente da Nippon afirmou que a empresa "já deixou muito claro que não tem a menor intenção" de sair da Usiminas (Jiji Press/AFP)

Presidente da Nippon afirmou que a empresa "já deixou muito claro que não tem a menor intenção" de sair da Usiminas (Jiji Press/AFP)

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Reuters

Publicado em 17 de janeiro de 2017 às 12h39.

São Paulo - A Nippon Steel não descarta iniciar negociações com a Ternium a respeito da criação de uma cláusula de saída no acordo de acionistas da Usiminas, mas rejeita a opção aventada pela sócia sobre um mecanismo de leilão em que o sócio que pagar mais fica com a participação do outro na siderúrgica brasileira.

"Esta opção proposta pela Ternium é muito estranha para nós. Seria como fazer preparativos para um casamento, mas ao mesmo tempo conversar sobre separação", disse o presidente da Nippon Steel & Sumitomo Metal do Brasil, Hironobu Nose, em entrevista a jornalistas nesta terça-feira.

"Não estamos falando que não existe possibilidade de negociação para finalizar esta joint venture, mas o que é importante nestas horas seria quando faremos as negociações e o conteúdo das negociações", acrescentou.

Segundo ele, a Nippon "já deixou muito claro que não tem a menor intenção" de sair da Usiminas.

O presidente da Nippon frisou ainda que a oferta máxima do grupo japonês para tentar resolver o conflito com a Ternium sobre o comando da Usiminas, que se prolonga desde 2014, seria a alternância de presidente-executivo e presidente de Conselho entre ambos os sócios.

A Nippon fez a proposta de alternância na gestão da Usiminas em 8 de dezembro, mas foi recusada pela Ternium, que defende a criação do mecanismo no acordo de acionistas da siderúrgica se houver a inclusão também de um mecanismo de saída em caso de desentendimento entre os sócios.

Atualmente, o acordo de acionistas da Usiminas não prevê dispositivo para alternância de poder na gestão da empresa e todas as decisões devem ser tomadas em consenso pelos sócios.

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