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Novartis vai comercializar remédio à base de maconha

Licenciamento da droga, usada no tratamento de esclerose múltipla, custou 34 milhões de dólares à gigante da indústria farmacêutica

Linha de produção do Sativex, medicamento feito à base de substâncias extraídas da maconha (Divulgacao)

Linha de produção do Sativex, medicamento feito à base de substâncias extraídas da maconha (Divulgacao)

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Da Redação

Publicado em 12 de abril de 2011 às 19h03.

São Paulo - Novartis, uma das maiores indústrias farmacêuticas do mundo, irá comercializar a droga Sativex, feita à base de maconha. Desenvolvida pela britânica GW Pharma, o licenciamento da droga custou aos cofres da Novartis 34 milhões de dólares, mais pagamento de royalties. Nos últimos meses, o Sativex teve a venda aprovada na América do Norte e na Europa. A Novartis vai agora ampliar o mercado e levar o Sativex à Ásia, África e Oriente Médio.

O remédio é indicado para o tratamento de pacientes com esclerose múltipla com espasticidade, que são os espasmos musculares causados pela degeneração dos nervos. O Sativex usa duas substâncias da planta da maconha, o delta9-tetraidrocanabinol e o canabidiol. Essas substâncias ativam os receptores do cérebro que ajudam a diminuir os sintomas dos espasmos. Segundo a empresa, 50% das pessoas que sofrem com os espasmos causados pela esclerose múltipla apresentaram reações positivas ao remédio.

A GW já havia fechado acordos de licença para vendas do Sativex na Espanha com a Almirall, e na Grã-Bretanha e no Canadá com a Bayer. A droga também já está aprovada na Nova Zelândia e, espera-se, deve ser autorizada até o final do ano pela Alemanha, Itália, Suécia, Dinamarca, Áustria e na República Tcheca.

No Brasil, a GW já havia revelado em novembro de 2010 que estava em negociação com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Até o momento, nenhuma indicação de venda no país foi divulgada. De acordo a legislação brasileira, medicamentos que contenham em sua composição extratos da maconha são proibidos, mas a lei também prevê a hipótese de autorização para casos específicos.

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