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Oferta por Eletropaulo está alinhada com plano estratégico, diz Enel

O grupo vem nos últimos anos expandindo a presença no país e se destacou ao levar com forte ágio a distribuidora goiana Celg D, em leilão realizado em 2016

Enel: empresa já tinha procurado a Eletropaulo para atuar na oferta de ações como âncora da operação (Tony Gentile/Reuters)

Enel: empresa já tinha procurado a Eletropaulo para atuar na oferta de ações como âncora da operação (Tony Gentile/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de abril de 2018 às 17h46.

Última atualização em 5 de junho de 2018 às 10h36.

São Paulo - O grupo italiano Enel S.p.A. destacou no período da tarde desta terça-feira, 17, que a oferta lançada nesta data pela Eletropaulo "está alinhada com o plano estratégico atual do Grupo Enel" e considerou que se a operação for concluída com sucesso representará mais um passo no fortalecimento da presença do grupo no setor de distribuição de energia no Brasil.

O grupo vem nos últimos anos expandindo a presença no país e se destacou ao levar com forte ágio a distribuidora goiana Celg D, em leilão realizado em 2016. Além dela, possui outras duas distribuidoras, no Ceará (Enel Distribuição Ceará - ex-Coelce) e no Rio (Enel Distribuição Rio - ex-Ampla).

Adicionalmente, também opera nos segmentos de geração e transmissão, com destaque para a atuação da Enel Green Power, braço de energia renovável que tem investido principalmente em projetos solares e eólicos.

A oferta pública voluntária para a aquisição da totalidade das ações da Eletropaulo foi anunciada pouco depois das 12 horas, no mesmo dia em que a distribuidora paulista divulgou uma oferta restrita de ações apoiada em um acordo com a Neoenergia, controlada pela espanhola Iberdrola.

Anteriormente, a Enel já tinha procurado a Eletropaulo para atuar na oferta de ações como âncora da operação, despertando uma disputa pelo ativo.

O lance feito pela Enel colocou o preço da ação da Eletropaulo em R$ 28, acima dos R$ 25,51 estabelecidos na oferta estruturada pela distribuidora em conjunto com a Neoenergia.

No início deste mês, a Energisa, um grupo brasileiro e familiar, tinha apresentado uma OPA similar à da Enel, ao valor de R$ 19,38/ação.E o mercado não descarta novas rodadas de competição.

A Enel destacou, em comunicado assinado de Roma, que o financiamento necessário para a operação, que pode alcançar R$ 4,7 bilhões (1,1 bilhão de euros), será feito por meio da Enel Américas, sediada no Chile e controladora da Enel Brasil, da qual a Enel Brasil Investimentos Sudeste, responsável pela oferta, é subsidiária.

O comunicado lembra, ainda, que o exercício dos direitos de voto das ações adquiridas pela Enel Sudeste na oferta estará sujeito à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e o exercício pela Enel Sudeste do controle sobre a Eletropaulo está sujeito à aprovação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

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