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OGX negocia parcerias para blocos que levou na 11ª rodada

Empresa disse que negocia parcerias num momento em que lida com alto endividamento, problemas na produção e escassez de recursos para investimentos


	Funcionário da OGX do Grupo EBX: companhia destacou que, até o momento, "não existe qualquer negócio fechado que deva ser divulgado ao mercado"
 (Divulgação)

Funcionário da OGX do Grupo EBX: companhia destacou que, até o momento, "não existe qualquer negócio fechado que deva ser divulgado ao mercado" (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2013 às 21h56.

São Paulo - A petroleira OGX, do grupo do empresário Eike Batista, afirmou nesta segunda-feira que negocia parcerias para os blocos que arrematou sozinha na 11a Rodada de Petróleo, num momento em que a companhia lida com alto endividamento, problemas na produção e escassez de recursos para investimentos.

O anúncio foi feito semanas antes do prazo final para a confirmação, na Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), das garantias oferecidas pela OGX para a aquisição dos blocos no leilão.

Pelo cronograma da 11a rodada de maio, as empresas precisam depositar em agosto o bônus pago pelos blocos arrematados no leilão. Isso significa que a OGX, uma das mais ativas na última licitação, terá que dispor de mais de 370 milhões de reais para quitar as áreas arrematadas.

"A Companhia está trabalhando na solução para garantir o programa exploratório mínimo dos blocos arrematadas na 11a Rodada da Agência Nacional do Petróleo... A Companhia acredita ter condições de apresentar essas garantias para a ANP tempestivamente", afirmou a companhia em um esclarecimento feito ao mercado.

A empresa afirmou ainda que, "como é prática na indústria do petróleo... negocia parcerias para os blocos que arrematou sozinha na 11a Rodada".

Mas destacou que, até o momento, "não existe qualquer negócio fechado que deva ser divulgado ao mercado".

A OGX tem 100 por cento de seis blocos que arrematou na rodada da ANP, situados nas bacias Potiguar (POT-M-475), Barreirinhas (BAR-M-213, BAR-M-251 e BAR-M-389), do Ceará (CE-M-663) e da Foz do Amazonas (FZA-M-184).

Em maio, a empresa já havia negociado com a empresa de energia do grupo, a MPX, participação de 50 por cento em outros quatro blocos exploratórios na bacia do Parnaíba, que também havia adquirido sozinha.

No caso dos dez blocos que adquiriu sozinha, o investimento mínimo previsto na fase de exploração foi estimado pela ANP em 2,6 bilhões de reais.

Ao todo, a OGX adquiriu direitos de concessão sobre sete blocos em águas profundas e dois blocos em águas rasas na Margem Equatorial, além dos direitos em quatro blocos terrestres situados na bacia do Parnaíba.

Em meio a dificuldades financeiras, a petroleira anunciou no início de julho a inviabilidade comercial de quatro campos de petróleo, inclusive o único em produção. .

Após a notícia, a agência de classificação de risco Standard & Poor's cortou o rating de crédito da petroleira OGX de "B-" para "CCC", num nível próximo de empresas em situação de default.

Bancos também reduziram a indicação de preço-alvo da ação da petroleira OGX para valores entre 0,10 e 0,30 real por papel, após a companhia suspender projetos de produção na bacia de Campos, a principal aposta original da companhia.

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