Negócios

Panasonic transfere sede de Londres para Amsterdã devido ao Brexit

Decisão foi tomada por medo de que o Japão considere a Grã-Bretanha um paraíso fiscal após o Brexit

Grupo Panasonic decidiu transferir sua sede na Europa de Londres para Amsterdã (Toru Hanai/Reuters)

Grupo Panasonic decidiu transferir sua sede na Europa de Londres para Amsterdã (Toru Hanai/Reuters)

A

AFP

Publicado em 30 de agosto de 2018 às 09h12.

O grupo japonês de eletrônicos e eletrodomésticos Panasonic decidiu transferir sua sede na Europa de Londres para Amsterdã, diante de preocupações em razão do Brexit, informou nesta quinta-feira à AFP uma porta-voz da empresa.

A porta-voz confirmou assim a declaração de Laurent Abadie, diretor-geral da Panasonic Europe, ao jornal econômico Nikkei.

A decisão foi tomada por medo de que o Japão considere a Grã-Bretanha um paraíso fiscal após o Brexit caso Londres decida reduzir fortemente os impostos sobre as empresas para mantê-las em seu território, disse a porta-voz.

Neste caso, a Panasonic teria que prestar contas às autoridades japonesas.

"Analisávamos há 15 meses a possibilidade de uma mudança", precisou Abadie em declaração ao jornal Nikkei.

O medo de obstáculos para o trânsito de pessoas e mercadorias com o Brexit também influenciou na decisão.

Dos cerca de 20 funcionários que trabalham na sede da Panasonic de Londres, ao menos a metade se mudará. O pessoal encarregado das relações com os investidores ficará na capital britânica, segundo o jornal.

A decisão da Grã-Bretanha de abandonar a União Europeia levou várias empresas japonesas, como Mitsubishi UFJ Financial Group, Sumitomo Mitsui Financial Group, Nomura Holdings e Daiwa Securities a retirar suas principais instalações europeias de Londres.

Acompanhe tudo sobre:BrexitLondresPanasonic

Mais de Negócios

Ela começou como estagiária e hoje lidera um negócio de R$ 240 milhões

Softplan lança a marca Starian com meta de R$ 1 bi de receitas no setor privado

Franquias crescem 8,9% e faturam R$ 65,9 bilhões no 1º trimestre

Ração? Não mais. Esta startup do Rio vai fazer R$ 50 milhões com comida natural para pets