Negócios

Perdigão defende no Cade aprovação da fusão com Sadia

Avogado defendeu a importância da BR Foods nas exportações e na geração de empregos no país

O Cade analisa a fusão entre Sadia e Perdigão (EXAME.com)

O Cade analisa a fusão entre Sadia e Perdigão (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de junho de 2011 às 13h03.

Brasília - O advogado da BRF - Brasil Foods, que representa a antiga Perdigão, Paulo de Tarso Ribeiro, em seu discurso na sessão de julgamento da fusão entre Sadia e Perdigão, ressaltou na manhã de hoje que a empresa defende a aprovação da operação sem restrições ou com aceitação de acordo. Segundo ele, alguns pontos devem ser considerados na análise do Cade.

"A capitalização de R$ 4 bilhões, que foi aprovada pelo Cade e outros responsáveis, para que não houvesse a falência da Sadia, deve ser considerada na avaliação do caso. Além disso, a questão da participação do mercado é uma condição necessária para avaliação, mas não única condição", disse o advogado.

Ribeiro ressaltou que a empresa, unida, representa a terceira maior exportadora do País, atrás somente de Vale e Petrobras. "É importante preservar esse caráter, além de a empresa gerar tanto emprego no País. Complementaridade industrial é o que deve permear a análise do caso", ressaltou.

Com relação aos mercados relevantes, que são 15, segundo o instituto de pesquisa Nielsen, o advogado afirmou que é necessário um olhar técnico do Cade, que "não deve se esgotar em análise de market share (participação de mercado)." "Todas as informações foram disponibilizadas a vocês. São quase 10 mil pilhas de informações", declarou.

O advogado da antiga Perdigão terminou seu discurso informando que a fusão não acarretará ônus ao consumidor. "Em função da redução de custos vamos é repassar ao consumidor as eficiências da operação", disse.

O julgamento da união entre Sadia e Perdigão no Cade começou hoje após dois anos de análise no governo. O conselho é composto por sete membros, mas o presidente Fernando Furlan se considerou impedido de participar do julgamento, por ser parente do presidente do Conselho da BR Foods, Luiz Fernando Furlan. Já o conselheiro Elvino Mendonça se afastou do caso porque trabalhava no Ministério da Fazenda quando o processo passou por lá.

Ministério Público

Mais cedo, os cinco conselheiros do Cade que participam do julgamento do processo da BRF - Brasil Foods votaram por unanimidade pela continuidade da avaliação do caso. A questão foi à votação porque o Ministério Público Federal pediu vista dos autos na última sexta-feira, o que poderia adiar a sessão.

Acompanhe tudo sobre:BRFCadeFusões e Aquisições

Mais de Negócios

Até mês passado, iFood tinha 800 restaurantes vendendo morango do amor. Hoje, são 10 mil

Como vai ser maior arena de shows do Brasil em Porto Alegre; veja imagens

O CEO que passeia com os cachorros, faz seu próprio café e fundou rede de US$ 36 bilhões

Lembra dele? O que aconteceu com o Mirabel, o biscoito clássico dos lanches escolares