Negócios

Petrobras questiona Minas e Energia sobre declarações de Bolsonaro

Na quarta-feira, presidente disse que 'não vai interferir,' mas que pode mudar política de preços da Petrobras

Petrobras: Recentemente, Bolsonaro decidiu retirar Roberto Castello Branco do cargo de presidente-executivo da Petrobras em meio a divergências sobre a política de preços de combustíveis adotadas pela estatal (Sergio Moraes/Reuters)

Petrobras: Recentemente, Bolsonaro decidiu retirar Roberto Castello Branco do cargo de presidente-executivo da Petrobras em meio a divergências sobre a política de preços de combustíveis adotadas pela estatal (Sergio Moraes/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 8 de abril de 2021 às 09h42.

A Petrobras disse que enviou questionamentos ao governo sobre declaração do presidente Jair Bolsonaro, que disse na quarta-feira que um reajuste de 39% praticado pela estatal no preço do gás para distribuidoras é "inadmissível" e que poderia haver mudanças na política de preços da companhia.

"A Petrobras... informa que indagou o seu acionista controlador, por meio do Ministério de Minas e Energia, ao qual a companhia está vinculada, de acordo com a Lei 9.478/1997, sobre a existência de informações relevantes que deveriam ser divulgadas ao mercado", afirmou, em comunicado ao mercado na noite de quarta-feira.

"Até o momento, a companhia não recebeu resposta do MME", acrescentou a Petrobras no comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Em suas declarações, durante discurso em Foz do Iguaçu (PR), Bolsonaro lançou dúvidas sobre os contratos de fornecimento de gás da Petrobras devido a reajuste anunciado para a partir de 1° de maio.

"É inadmissível! Que contratos são esses? Que acordos foram esses? Foram feitos pensando no Brasil?", afirmou o presidente da República.

"Não vou interferir, a imprensa vai dizer o contrário. Mas podemos mudar essa política de preço lá", acrescentou ele.

Recentemente, Bolsonaro decidiu retirar Roberto Castello Branco do cargo de presidente-executivo da Petrobras em meio a divergências sobre a política de preços de combustíveis adotadas pela estatal. Ele indicou à posição o general da reserva Joaquim Silva a Luna, que ocupava a diretoria-geral brasileira de Itaipu Binacional.

 

Acompanhe tudo sobre:Gás e combustíveisGoverno BolsonaroJair BolsonaroMinistério de Minas e EnergiaPetrobras

Mais de Negócios

Dois tipos de talento em IA que toda empresa precisa, segundo executivo do Google

Marcas chinesas de beleza investem em aquisições para expandir presença global

Estudantes brasileiros devem olhar além do 'sonho americano' — este grupo apresenta uma alternativa

Toyota cria 'cidade do futuro' no Japão para testar mobilidade e sustentabilidade