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Por impasse político, Hyundai congela produção em fábrica chinesa

Empresas sul-coreanas afirmam serem alvo das objeções de Pequim à implantação pelos EUA de um poderoso sistema de radar

Hyundai: a China teme que o poderoso sistema de radar possa penetrar seu território (Justin Sullivan/Divulgação)

Hyundai: a China teme que o poderoso sistema de radar possa penetrar seu território (Justin Sullivan/Divulgação)

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Reuters

Publicado em 27 de março de 2017 às 11h53.

Seul - A montadora sul-coreana Hyundai informou nesta segunda-feira que suspendeu a produção em uma de suas fábricas na China por uma semana, alimentando preocupações de que um impasse diplomático estaria prejudicando as vendas em seu principal mercado.

Empresas sul-coreanas que atuam em áreas que vão desde cosméticos a varejo afirmam serem alvo na China das objeções de Pequim à implantação pelos Estados Unidos de um sistema de Terminal de Defesa Área de Alta Altitude na Coreia do Sul.

A China teme que o poderoso sistema de radar possa penetrar seu território. As notícias sobre o fechamento da fábrica da Hyundai, reportadas inicialmente pelo site ChosunBiz no domingo, pressionaram as ações da montadora, que fecharam em queda de 1,2 por cento nesta segunda-feira, depois de terem recuado 3 por cento na mínima do dia.

Os papéis das subsidiárias da Hyundai, a Kia Motors e Hyundai Mobis, também encerraram em queda.

A Hyundai disse que suspendeu as operações na província chinesa de Hebei entre 24 de março e 1º de abril, de modo a verificar sua linha de produção para modificação de tecnologia.

A montadora tem outras três fábricas de automóveis na China, que responde por cerca de 25 por cento das vendas totais da Hyundai.

Autoridades do setor automotivo e analistas dizem que a suspensão pode ter o objetivo de reduzir estoques por causa da desaceleração das vendas na China, em meio à tensão política e ao aumento da concorrência.

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