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Portugal Telecom diz que focará no Brasil e África

Segundo CEO da companhia, venda de 28% da Macau CTM dará mais flexibilidade financeira para operadora atuar nesses dois mercados


	Loja da Oi em São Paulo: no Brasil, a Portugal Telecom é uma das principais acionistas da operadora
 (Marcelo Correa/EXAME)

Loja da Oi em São Paulo: no Brasil, a Portugal Telecom é uma das principais acionistas da operadora (Marcelo Correa/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2013 às 12h54.

Lisboa - A Portugal Telecom vai ganhar flexibilidade financeira com a venda de 28 por cento da operadora de Macau CTM, que permitirá a companhia focar seu investimento nos mercados estratégicos do Brasil e da África, afirmou o presidente-executivo da operadora portuguesa.

A Portugal Telecom chegou a acordo para vender a participação na CTM à chinesa Citic Telecom por 412 milhões de dólares, em conjunto com a acionista majoritária Cable & Wireless, que era dona de 51 por cento.

"Esta operação reforça a nossa flexibilidade financeira e permite-nos focar os nossos investimentos nas regiões que consideramos as mais estratégicas para a Portugal Telecom, o tripé Portugal, Brasil e África", declarou Zeinal Bava à Reuters.

"A nossa posição na CTM era minoritária e acompanhamos a Cable & Wireless na sua decisão de vender, mas assinamos em contrapartida um acordo de colaboração tecnológica com o grupo Citic para os próximos três anos", acrescentou.

Apesar de não ser considerada estratégica, a CTM era um dos ativos internacionais do grupo Portugal Telecom com mais rápido crescimento de receitas, devido à rápida expansão econômica de Macau dos últimos anos.

No Brasil, a Portugal Telecom é uma das principais acionistas da Oi e está apoiando a operadora brasileira com conhecimento em áreas de crescimento, como televisão por assinatura e banda larga.

Na África, a companhia tem 25 por cento da maior operadora móvel angolana, a Unitel, além de investimentos em São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Moçambique e Namíbia, entre outros países, contando com 100 milhões de clientes em escala global.

A Portugal Telecom, cuja dívida líquida teve um aumento anual de 15 por cento, para 7,6 bilhões de euros no primeiro semestre de 2012, está em processo de redução de endividamento, o que fez a empresa cortar dividendos em junho passado.

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