Negócios

Presidente do Uber renuncia menos de 7 meses após assumir cargo

Jeff Jones afirmou que não poderia continuar como presidente de um negócio com o qual não era compatível

Uber: Jeff Jones vinha executando parte das responsabilidades de presidente operacional na empresa (Toby Melville/Reuters)

Uber: Jeff Jones vinha executando parte das responsabilidades de presidente operacional na empresa (Toby Melville/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 20 de março de 2017 às 10h26.

Última atualização em 20 de março de 2017 às 11h25.

São Francisco - O presidente do Uber Technologies, Jeff Jones, decidiu deixar a companhia menos de sete meses depois de ter assumido o cargo, intensificando as turbulências que rondam a empresa.

Em comunicado à Reuters, Jones afirmou que não poderia continuar como presidente de um negócio com o qual não era compatível.

"Eu me juntei ao Uber por causa de sua missão, e o desafio de construir capacidades globais que ajudariam a empresa a amadurecer e prosperar no longo prazo", disse.

"Agora está claro, contudo, que as crenças e a abordagem de liderança que guiaram minha carreira são inconsistentes com o que vi e vivenciei no Uber, e eu não posso mais continuar como presidente do negócio", acrescentou.

O papel de Jones foi colocado em dúvida, após o Uber lançar no início do mês uma busca por um presidente operacional para ajudar a empresa, ao lado do presidente-executivo, Travis Kalanick.

Jones vinha executando parte das responsabilidades de presidente operacional na empresa. Antes do Uber, ele atuou na Target, onde foi diretor de marketing e responsável por modernizar a marca da varejista.

"Queremos agradecer ao Jeff por seus seis meses na empresa e desejar a ele tudo de melhor", disse um porta-voz do Uber por email.

Separadamente, o vice-presidente do Uber de mapas e plataforma de negócios, Brian McClendon, afirmou que planeja deixar a empresa no fim do mês para atuar em política.

"Permanecerei como consultor", disse McClendon em comunicado à Reuters. "As eleições deste outono e a atual crise fiscal no Kansas estão me motivando a participar plenamente em nossa democracia", afirmou.

Jones e McClendon são os últimos de uma série de executivos de alto escalão do Uber a deixar a companhia.

No mês passado, o executivo de engenharia Amit Singhal foi convidado a renunciar devido a uma alegação de assédio sexual em seu emprego anterior na Alphabet, holding do Google.

No início deste mês, o vice-presidente de produtos e crescimento do Uber, Ed Baker, e o pesquisador de segurança, Charlie Miller, também saíram do grupo.

Acompanhe tudo sobre:EmpresáriosUber

Mais de Negócios

Até mês passado, iFood tinha 800 restaurantes vendendo morango do amor. Hoje, são 10 mil

Como vai ser maior arena de shows do Brasil em Porto Alegre; veja imagens

O CEO que passeia com os cachorros, faz seu próprio café e fundou rede de US$ 36 bilhões

Lembra dele? O que aconteceu com o Mirabel, o biscoito clássico dos lanches escolares