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Programa contra "gatos" eleva receita da Eletropaulo

Empresa leva iluminação para população de baixa renda para combater as ligações clandestinas de energia elétrica, que reduzem a receita do setor em 10%


	A Eletropaulo vai gastar até R$ 90 milhões de reais até 2016 para renovar a rede elétrica de 500 favelas
 (Germano Lüders/Exame)

A Eletropaulo vai gastar até R$ 90 milhões de reais até 2016 para renovar a rede elétrica de 500 favelas (Germano Lüders/Exame)

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Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2012 às 09h04.

São Paulo - A Eletropaulo Metropolitana de Eletricidade de São Paulo SA, maior distribuidora de energia do país por valor de mercado, está distribuindo geladeiras e levando iluminação pública a comunidades de baixa renda. É a estratégia da companhia para combater as ligações clandestinas de energia elétrica -- os chamados gatos -- que reduzem a receita do setor em 10 por cento.

A Eletropaulo vai gastar até R$ 90 milhões de reais até 2016 para renovar a rede elétrica de 500 favelas, segundo José Luiz Cavaretti, gerente de novos mercados da empresa. A meta é conquistar até 200.000 clientes nessas comunidades, um grupo que inclui pessoas que usavam os gatos há décadas.

Os novos clientes vão gerar até R$ 170 milhões em receita anual, disse Cavaretti. Somados aos 500.000 moradores de favelas que se tornaram clientes desde 2004, a Eletropaulo estima cerca de R$ 580 milhões em receita, ou 5,9 por cento do faturamento total de 2011. A receita adicional vai ajudar a compensar a queda nas tarifas determinada pelo governo, que derrubou as ações da Eletropaulo em 29 por cento desde 2 de julho.

“Fazemos isso porque é um bom negócio”, disse Cavaretti em entrevista.

A Eletropaulo tenta demonstrar que tornar-se um cliente oficial garante um serviço mais confiável e benefícios para as comunidades, disse Cavaretti.

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