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Quais são os 10 maiores supermercados do Brasil? Veja quanto eles faturam

Setor movimentou R$ 658,6 bilhões em 2024, 52,6% do faturamento das 300 maiores varejistas do país; Grupo Carrefour lidera ranking com R$ 120,6 bilhões

Carrefour: grupo de supermercados lidera com 1.007 lojas  (Germano Lüders/Exame)

Carrefour: grupo de supermercados lidera com 1.007 lojas (Germano Lüders/Exame)

Isabela Rovaroto
Isabela Rovaroto

Repórter de Negócios

Publicado em 26 de agosto de 2025 às 19h14.

O varejo brasileiro é liderado por redes de supermercado, hipermercados, atacarejos e lojas de conveniência. Segundo levantamento do Instituto Retail Think Tank (IRTT), que dá sequência aos estudos divulgados Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), o segmento movimentou R$ 658,6 bilhões em 2024, 52,6% do faturamento das 300 maiores varejistas do país.

É o segmento mais presente no levantamento: 156 das 300 maiores varejistas são supermercadistas, sendo que quatro (Grupo Carrefour, Assaí, Grupo Mateus e Supermercados BH) das dez maiores varejistas do país operam nesse segmento. A combinação de proximidade com o consumidor, adaptação ao modelo de atacarejo e expansão digital está no centro da estratégia de sucesso.

Na liderança absoluta está o Grupo Carrefour, com R$ 120,6 bilhões em vendas e 1.007 lojas das marcas Atacadão, SAM's Club, Super Bompreço, Nacional, Carrefour, Carrefour Bairro e Carrefour Express.

Em segundo lugar está o Assaí, com R$ 80,57 bilhões e 302 unidades. O Grupo Mateus, em terceiro, registrou R$ 30,1 bilhões em vendas, com uma base de 272 lojas.

Veja o ranking das 10 maiores redes supermercadistas do Brasil em 2024:

PosiçãoNome da EmpresaVendas 2024 (R$ bilhões)Nº Lojas 2024
Grupo Carrefour Brasil120.61.007
Assaí80.5302
Grupo Mateus30.1272
Supermercados BH21.3196
Grupo Pão de Açúcar20726
6[Muffato17.4168
Grupo Pereira15.3145
Mart Minas11.486
Cencosud Brasil11.2233
10ªKoch Hipermercado10.380

Expansão por M&A

A expansão do setor segue dois caminhos principais: o crescimento orgânico, com destaque para o modelo de atacarejo, impulsionado pela busca dos consumidores por preços mais baixos em meio à inflação global; e os movimentos de fusões e aquisições (M&A), principalmente entre redes regionais.

O levantamento destaca casos como o da Plurix, holding do Pátria Investimentos, que adquiriu 65 lojas do Grupo Amigão e assumiu 65% do Paraná Supermercados. Movimentos como esse são mais comuns entre empresas médias, com foco na consolidação regional e ganhos de eficiência logística e operacional, indica o levantamento.

Modelo de proximidade ainda predomina

Apesar do faturamento bilionário, a grande maioria das redes supermercadistas tem foco regional. Apenas seis empresas estão presentes em mais de 20 estados, sendo que três atuam com lojas de conveniência via franquias. Por outro lado, 129 empresas estão presentes em apenas um estado, e 130 redes possuem menos de 50 lojas, mostra o levantamento.

“Não é correto dizer que o varejo brasileiro está se tornando concentrado. O que temos é um movimento de mais empresas crescendo e atingindo relevância, mas a diversidade regional permanece”, diz o consultor Alberto Serrentino.

A concentração também varia bastante entre os segmentos. Em supermercados, moda, drogarias e material de construção, a fatia das líderes não ultrapassa 37,7% das vendas.

Digitalização acelera pós-pandemia

O setor também correu atrás do tempo perdido no digital. Antes da pandemia, a presença online era limitada.

Hoje, 95 das 156 empresas supermercadistas analisadas possuem e-commerce própria, e 39 já vendem via marketplaces. Dessas, duas desenvolveram plataformas próprias, indicativo de que o digital virou prioridade estratégica.

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