Estagiária de jornalismo
Publicado em 4 de setembro de 2025 às 11h13.
Última atualização em 4 de setembro de 2025 às 12h06.
Um dos maiores nomes da moda mundial, Giorgio Armani morreu nesta quinta-feira, 4, aos 91 anos, conforme comunicado oficial da empresa.
Segundo a Reuters, o estilista estava doente há algum tempo e não participou dos desfiles de seu grupo na Semana de Moda Masculina de Milão, em junho. Esta foi a primeira vez em sua carreira que perdeu um de seus eventos de passarela.
Conhecido pelo estilo sofisticado e pelas tendências no visual italiano, Armani trabalhou até os últimos dias de vida, e deixou um legado para a indústria da moda global.
Segundo dados divulgados pela Bloomberg, a fortuna do italiano é avaliada atualmente em US$ 9,43 bilhões.
Dono e único proprietário da marca, que permanece uma empresa de capital fechada, Armani consolidou um império com receita estimada em € 2,3 bilhões em 2024.
A trajetória de Giorgio Armani é marcada pela visão empresarial. Nascido em 1934, em Piacenza, Itália, iniciou a carreira como vitrinista e estilista de roupas masculinas.
Nos anos 1970, junto com o sócio Sergio Galeotti, fundou a marca que leva seu nome. Inicialmente, Armani trabalhou com roupas hospitalares antes de migrar para a moda, onde revolucionou o guarda-roupa coletivo com cortes precisos, paleta sóbria e simplicidade elegante — uma filosofia que permanece central para a marca até hoje.
A linha inicial de alfaiataria masculina evoluiu para um conglomerado de luxo que inclui roupas femininas, acessórios, perfumes, móveis e hotéis.
Armani tornou-se sinônimo de luxo discreto, elegância atemporal e poder econômico, com uma marca avaliada em cerca de US$ 9 bilhões, presente em butiques espalhadas por todos os continentes.
Em entrevista ao Financial Times, Armani destacou o equilíbrio entre inovação e respeito pela tradição como pontos-chave para a longevidade da marca.
A gestão incluiu forte controle sobre todos os aspectos da empresa, desde o design até a estratégia comercial.
A fortuna de Giorgio Armani não será herdada pelos filhos, pois ele não teve descendentes diretos.
Em entrevista à Bloomberg, o estilista explicou que o patrimônio e o controle da marca deverão ficar nas mãos de um grupo de pessoas próximas e de confiança, incluindo familiares como as sobrinhas Silvana e Roberta Armani, além do sobrinho Andrea Camerana, todos envolvidos na gestão da empresa.
Armani planejava uma sucessão coordenada por essa rede de confiança, com a fundação que rege a empresa desempenhando papel central no futuro do grupo.
Além disso, embora tenha mantido a independência de marca durante décadas, o fundador não descartou a possibilidade de fusão, venda parcial ou até mesmo a abertura de capital (IPO) no futuro, o que dependerá das decisões desse grupo sucessor.