Negócios

Qual era a fortuna de Giorgio Armani? Bilionário morreu nesta quinta-feira, 4

O ícone da moda deixou um legado de sucesso e uma fortuna avaliada em US$ 9,43 bilhões

Raphaela Seixas
Raphaela Seixas

Estagiária de jornalismo

Publicado em 4 de setembro de 2025 às 11h13.

Última atualização em 4 de setembro de 2025 às 12h06.

Um dos maiores nomes da moda mundial, Giorgio Armani morreu nesta quinta-feira, 4, aos 91 anos, conforme comunicado oficial da empresa.

Segundo a Reuters, o estilista estava doente há algum tempo e não participou dos desfiles de seu grupo na Semana de Moda Masculina de Milão, em junho. Esta foi a primeira vez em sua carreira que perdeu um de seus eventos de passarela.

Conhecido pelo estilo sofisticado e pelas tendências no visual italiano, Armani trabalhou até os últimos dias de vida, e deixou um legado para a indústria da moda global.

Segundo dados divulgados pela Bloomberg, a fortuna do italiano é avaliada atualmente em US$ 9,43 bilhões.

Dono e único proprietário da marca, que permanece uma empresa de capital fechada, Armani consolidou um império com receita estimada em € 2,3 bilhões em 2024.

Quem foi Giorgio Armani?

A trajetória de Giorgio Armani é marcada pela visão empresarial. Nascido em 1934, em Piacenza, Itália, iniciou a carreira como vitrinista e estilista de roupas masculinas.

Nos anos 1970, junto com o sócio Sergio Galeotti, fundou a marca que leva seu nome. Inicialmente, Armani trabalhou com roupas hospitalares antes de migrar para a moda, onde revolucionou o guarda-roupa coletivo com cortes precisos, paleta sóbria e simplicidade elegante — uma filosofia que permanece central para a marca até hoje.

A linha inicial de alfaiataria masculina evoluiu para um conglomerado de luxo que inclui roupas femininas, acessórios, perfumes, móveis e hotéis.

Armani tornou-se sinônimo de luxo discreto, elegância atemporal e poder econômico, com uma marca avaliada em cerca de US$ 9 bilhões, presente em butiques espalhadas por todos os continentes. 

Em entrevista ao Financial Times, Armani destacou o equilíbrio entre inovação e respeito pela tradição como pontos-chave para a longevidade da marca. 

A gestão incluiu forte controle sobre todos os aspectos da empresa, desde o design até a estratégia comercial.

Para quem vai a herança?

A fortuna de Giorgio Armani não será herdada pelos filhos, pois ele não teve descendentes diretos.

Em entrevista à Bloomberg, o estilista explicou que o patrimônio e o controle da marca deverão ficar nas mãos de um grupo de pessoas próximas e de confiança, incluindo familiares como as sobrinhas Silvana e Roberta Armani, além do sobrinho Andrea Camerana, todos envolvidos na gestão da empresa.

Armani planejava uma sucessão coordenada por essa rede de confiança, com a fundação que rege a empresa desempenhando papel central no futuro do grupo.

Além disso, embora tenha mantido a independência de marca durante décadas, o fundador não descartou a possibilidade de fusão, venda parcial ou até mesmo a abertura de capital (IPO) no futuro, o que dependerá das decisões desse grupo sucessor. 

Acompanhe tudo sobre:Giorgio ArmaniModaItáliaBilionários

Mais de Negócios

Quais são as maiores empresas de alimentação do Brasil? Veja quanto eles faturam

No interior de SP, o 2º maior parque aquático do mundo fatura R$ 240 milhões e investe sem parar

De Timbó para o mundo: essa startup do interior de SC pode resolver a maior dor da construção civil

Esse CEO vai faturar US$ 25 milhões com uma empresa que ninguém queria