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Quem é Pedro Faria, o novo presidente da BRF

Ele já participa do alto escalão da empresa há alguns anos, como membro do conselho e CEO de Operações Internacionais


	A relação entre Faria e a BRF, uma das maiores empresas de alimentos do país, já vem de anos
 (Alexandre Battibugli/EXAME)

A relação entre Faria e a BRF, uma das maiores empresas de alimentos do país, já vem de anos (Alexandre Battibugli/EXAME)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 26 de setembro de 2014 às 17h35.

São Paulo - Aprovado pelo Conselho de Administração da BRF ontem, 25 de setembro, Pedro Faria é o novo presidente global da empresa. Ele já frequenta o alto escalão da empresa há alguns anos. Foi membro do conselho e, depois, CEO de Operações Internacionais.

Ele assumirá a posição a partir de 2 de janeiro de 2015, substituindo o executivo Claudio Galeazzi, que seguirá no cargo até o final do ano.

Pedro Faria é formado em Administração de Empresas pela FGV-SP. Depois, fez MBA pela Universidade de Chicago e foi sócio-diretor do Pátria Investimentos, responsável por monitoramento de portfólio de private equity.

Em 2003, juntou-se a José Carlos Reis de Magalhães Neto para fundar a Tarpon, gestora de investimentos. Foi o responsável pela criação da área de private equity da gestora, vistoriando o dia a dia de todas as empresas administradas pelo fundo.

A relação entre Faria e a BRF, uma das maiores empresas de alimentos do país, já vem de anos.

Desde 2003, a Tarpon já mantinha investimentos na Sadia. Quando a empresa se fundiu com a Perdigão, em 2009, o fundo de investimentos emergiu como um dos maiores acionistas da recém-formada BRF.

Com 8% das ações da BRF, a Tarpon ganhou assento no conselho e se tornou o terceiro maior acionista da companhia, atrás da Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, e Petros, o da Petrobras.

Em 2011, uma assembleia de acionistas elegeu o primeiro conselho da empresa de alimentos. Foi quando Pedro Faria e seu então sócio na Tarpon, Magalhães, entraram para o conselho.

A grande cartada de Faria foi convencer Abílio Diniz a trocar o varejo pela indústria. Foi a Tarpon que levou o empresário do Pão de Açúcar à BRF, em 2013, para ocupar a cadeira de presidente do conselho da empresa.

A iniciativa teve apoio do fundo de pensão Previ, maior acionista, e da Valia (o fundo de previdência da Vale, que tem uma participação minoritária na BRF).

Após a chegada de Abilio ao conselho, Claudio Galeazzi, ex-presidente do Pão de Açúcar e homem de confiança de Diniz, assumiu o comando da multinacional.

Foi então que Pedro Faria foi alçado ao cargo de CEO de Operações Internacionais, renunciando à diretoria de Relações com Investidores da Tarpon, cargo que ocupava até então. Em setembro de 2014, foi anunciada a sua promoção à presidência da BRF.

Abílio Diniz, presidente do conselho da empresa e muito ligado a Faria, rasgou seda no comunicado oficial.

"[Ele] tem uma carreira sólida e um histórico de sucessivas conquistas, além de conhecimento profundo da empresa, graças à sua experiência de cerca de três anos como membro do Conselho e, posteriormente, um ano como CEO Internacional.”

“Seu perfil dinâmico, aliado à sua vivência em diferentes mercados, foram diferenciais que refletiram na escolha do executivo, para conduzir o novo posicionamento da BRF, dando continuidade ao atual modelo de gestão”, diz Abílio.

A prioridade do novo CEO será fortalecer o processo de internacionalização da BRF. A conclusão das obras da fábrica de Abu Dhabi, a primeira unidade de produção da empresa projetada e construída pela companhia fora do Brasil, é aguardada para novembro. 

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