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Há um ano, morria Roberto Civita, da Abril

Ele criou e editou revistas por mais de cinco décadas, e deixou como legado a defesa da liberdade de expressão e da economia de mercado


	Roberto Civita: jornalista esteve à frente do Grupo Abril por quase 30 anos
 (Adauto Perin)

Roberto Civita: jornalista esteve à frente do Grupo Abril por quase 30 anos (Adauto Perin)

Tatiana Vaz

Tatiana Vaz

Publicado em 26 de maio de 2014 às 17h11.

São Paulo – Roberto Civita, criador das revistas VEJA e EXAME, costumava dizer que gostava tanto do seu trabalho que achava incrível que fosse pago por ele. Seria difícil encontrar, na indústria da mídia, alguém tão apaixonado por revistas como ele.

Quando morreu, aos 76 anos, depois de uma longa internação no Hospital Sírio-Libanês, Civita era o diretor editorial da Abril e comandava o conselho de administração do grupo. 

O primeiro emprego de RC, como era chamado na Abril, foi na revista americana Time-Life, onde estagiou.  

A proximidade com a mídia americana marcaria Civita tanto na juventude como ao longo de toda a carreira.

Ele já voltou dos Estados Unidos disposto a criar uma revista de informação semanal (que foi VEJA), uma de negócios (EXAME) e uma masculina (Playboy), líderes de seus mercados há décadas.

Mais brasileiro que muitos brasileiros de nascença (ele nasceu em Milão), Civita uniu a sua paixão por revistas à paixão por educação. Achava que o Brasil não poderia se tornar uma grande nação sem melhorar substancialmente o nível da educação. 

Nos seus últimos anos de vida, a Abril Educação era um dos assuntos que mais o animava. A defesa da economia de mercado era outro tema favorito dele.

Dentro da Abril, Civita era o principal advogado dos leitores. Ele evangelizava quem estava a sua volta a respeitar o leitor, a cativar o leitor, a conhecer o leitor profundamente. É uma atitude que ele conseguiu impregnar no DNA da Abril.

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