Karina Sato, Victor Oliva e Sabrina Sato, do Camarote Nº1: reforço de peso para o carnaval 2026 na Sapucaí (Leca Novo/Divulgação)
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Publicado em 24 de novembro de 2025 às 07h59.
O Carnaval virou negócio de alta pressão para marcas, celebridades e produtores de eventos.
Na Sapucaí, onde ingressos passam de 3.950 reais e disputam espaço com camarotes cada vez maiores, o ambiente é competitivo — e marcado por uma corrida por experiências “premium” que precisam se renovar ano após ano.
No meio desse mercado em avanço, o Camarote Nº1, no setor 2 do Sambódromo, entra em 2026 com uma troca relevante no comando.
Após 10 anos de relacionamento com o espaço, Sabrina e Karina Sato agora também são sócias do projeto, ao lado de José Victor Oliva, Ju Ferraz, Marcio Esher, Flavio Sarahyba e Antônio Oliva.
A movimentação marca a tentativa do Nº1 de ampliar presença no Carnaval como negócio, num momento em que o setor exige mais estrutura, mais patrocínio e mais criatividade para manter público e marcas.
“Eu considero que me tornar sócia é uma consequência natural dessa história”, afirma Sabrina Sato.
O Camarote prevê crescimento entre 20% e 25% em 2026, seguindo o avanço recente — em 2025, o evento subiu 20% e incluiu um dia extra de programação.
Para sustentar o ritmo, o grupo aposta em ajustes no modelo de gestão, reposicionamento de lideranças e atração de parceiros interessados em disputar atenção no Carnaval do Rio.
No futuro imediato, a pressão está em transformar relacionamento em receita e manter relevância com um público que muda rápido.
“O público que frequenta o camarote está em busca de experiências únicas… Já estamos em conversas com marcas que também estão em sintonia com o gosto do público e o respeito pelo Carnaval”, diz Karina Sato.
Outra novidade está o anúncio do primeiro patrocinador do Camarote, a Havaianas., O investimento aconteceu principalmente pela relação com Sabrina Sato, que é embaixadora da marca.
Sabrina chegou ao Camarote Nº1 em 2014, quando foi convidada por José Victor Oliva para ser musa do espaço.
Em seguida virou Rainha do camarote, função que ocupou por nove anos. A convivência levou a atriz e apresentadora a se envolver nos bastidores e em parcerias ao longo do ano, cenário que agora se formaliza.
“Eu cheguei ao Camarote N°1 em 2014 como rainha, vivendo a energia do público, da avenida… De lá pra cá construí uma relação de afeto e confiança com todo mundo que faz o N°1 acontecer”, diz Sabrina.
Para ela, a entrada na sociedade une paixão e operação. “No N°1 estou unindo minha vivência e meu olhar também como foliã para criar experiências ainda mais incríveis”, afirma.
Karina, que cuida da carreira da irmã e comanda a Sato Rahal, chega para reforçar a área comercial e estruturar negociações corporativas.
“Foram muitos anos de namoro, trabalho em conjunto, apoio mútuo… naturalmente chegamos num momento que o algo mais veio como uma celebração para selar tudo isso”, diz.
O Camarote Nº1 tenta acelerar acordos de patrocínio num momento em que marcas buscam presença associada a cultura, música e experiências ao vivo.
Mas a concorrência aumentou: camarotes cresceram em tamanho, line-up, ativações e volume de mídia.
Karina aponta que a seleção de marcas será mais criteriosa. A estratégia é combinar exposição com consistência — algo raro num circuito em que acordos pontuais ainda dominam.
“Estamos planejando evoluções na experiência, parcerias que façam sentido e ações que ampliem o alcance do projeto, sem perder a essência”, diz.
Nos últimos anos, o Nº1 passou por ajustes no comando. A principal mudança ocorreu quando José Victor Oliva abriu espaço para o filho Antônio assumir a liderança.
“É um movimento de acomodação ao momento do Carnaval”, afirma o empresário. Ele explica que o público se renova, assim como patrocinadores e expectativas.
Oliva também destaca o papel de Sabrina na expansão: “A Sabrina é uma máquina de vendas… com sua reputação, com a sua assinatura vendem muito. Agora ela é dona. Então, a sua imagem é uma imagem número 1”, diz.
Além disso, uma pesquisa interna motivou mudanças estruturais: novo layout, realocação de bufês, mais banheiros, mais assentos e um line-up adaptado aos pedidos do público.
São ajustes que refletem a tentativa de equilibrar conforto com margem operacional — uma equação difícil quando o ingresso parte de 3.950 reais.
Tanto Sabrina quanto Karina insistem que o foco continua na conexão com a comunidade do Carnaval, especialmente com a Vila Isabel, escola em que estão envolvidas há 15 anos. O desafio é manter essa base enquanto o camarote cresce como negócio.
“O objetivo é crescer com respeito, criando experiências que honrem a história do Carnaval e, ao mesmo tempo, tragam novidades, alegria e conforto”, afirma Sabrina.
Karina reforça o ponto: “Esta nova fase nasce de forma muito natural, unindo a paixão da Sabrina pelo Carnaval com oportunidades de novas conexões”.