(Sami/Divulgação)
Repórter
Publicado em 17 de março de 2025 às 06h20.
Última atualização em 17 de março de 2025 às 07h58.
Preços elevados, falta de transparência e a complexidade no atendimento são algumas das barreiras que dificultam a relação dos consumidores com as operadoras de plano de saúde no Brasil. Nos últimos anos, algumas healthtechs adentraram o mercado, o mais lucrativo no setor de saúde, mas poucas sobreviveram.
Uma das que cresce e continua a crescer desde 2020 é a Sami. Médico de formação, o fundador Vitor Asseituno percebeu que a indústria de planos de saúde ainda não atendia de forma eficaz a população. Seu objetivo era criar um modelo mais preventivo, acessível e com foco no cuidado contínuo do paciente.
"O modelo de plano de saúde precisa ser diferente. O grande desafio é dar acesso a um cuidado de qualidade, mas sem tornar o plano caro para o consumidor", afirma o fundador. Segundo a empresa, os planos variam de R$ 200 a R$ 1.000.
Em 2023, a Sami Assistência Médica dobrou sua receita, atingindo 76,1 milhões de reais, um crescimento impressionante de 100,07% em relação ao ano anterior. Esse desempenho colocou a empresa no 16º lugar no ranking Negócios em Expansão 2024, na categoria de empresas com receita entre 30 e 150 milhões de reais.
Quer ter a história da sua empresa contada como a Sami? Inscreva-se no ranking Negócios em Expansão 2025! É 100% gratuitoA chave para o sucesso da Sami está no modelo de atenção primária, no qual cada membro do plano tem um médico de família responsável por seu acompanhamento.
A abordagem proativa, em que médicos e enfermeiros acompanham de perto a saúde dos membros, é um ponto forte da Sami.
“Nosso modelo de atenção primária permite que o médico cuide de um número limitado de pacientes. Isso garante que o atendimento seja personalizado e mais eficaz”, diz Asseituno. O fundador afirma que cada médico tem o limite de até 2 mil pacientes sob seu cuidado.
A empresa recentemente implementou um sistema de inteligência artificial que resume consultas, liberando mais tempo para os médicos se concentrarem no atendimento. Ao invés de olhar para a tela e focar na escrita do prontuário, o profissional consegue falar diretamente com o paciente. A Sami afirma ter economizado cerca de 900 horas de trabalho médico com essa IA.
Hoje, a startup está presente somente no Estado de São Paulo. Não há pressa em expandir para outros estados. "Aqui tem 22 milhões de pessoas. A concentração é importante para a gente ganhar escala e oferecer um atendimento mais barato e eficiente", diz Asseituno.
Apesar do sucesso, a Sami ainda enfrenta o desafio de convencer grande parte da população brasileira a adotar seu modelo inovador. Com 75% dos brasileiros sem plano de saúde, o mercado é vasto, mas também com um público cético em relação à mudança de modelo.
“Precisamos continuar provando que um plano de saúde de qualidade não precisa ser caro. E que, ao contrário do que muitas pessoas pensam, a medicina preventiva e personalizada pode ser mais barata e, ao mesmo tempo, entregar resultados melhores”, diz o fundador.
Com um faturamento de 109 milhões de reais em 2024, a Sami projeta um crescimento de 25% para este ano. Mas, no cenário atual de juros altos e um mercado mais desafiador, a empresa está mais focada em organizar a casa e garantir a sustentabilidade de sua operação do que em crescer de forma acelerada. “Queremos crescer, mas sem perder o controle financeiro e a qualidade no atendimento”, afirma Asseituno.
O ranking EXAME Negócios em Expansão é uma iniciativa da EXAME e do BTG Pactual. O objetivo é encontrar as empresas emergentes brasileiras com as maiores taxas de crescimento de receita operacional líquida ao longo de 12 meses. Em 2024, a pesquisa avaliou as empresas brasileiras que mais conseguiram expandir receitas ao longo de 2023. A análise considerou os negócios com faturamento anual entre 2 milhões e 600 milhões de reais.
A edição 2025 já está com inscrições abertas. A participação é 100% gratuita. As inscrições vão até 5 de maio, mas quem concluir o cadastro antes de 31 de março ganhará o acesso a uma trilha de conteúdos online da plataforma LIT, da escola de negócios Saint Paul.
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