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Santander fará aumento de capital e cortará dividendos

O aumento de capital se dará emissão de ações avaliadas em até 7,5 bilhões de euros


	Santander: analistas vinham questionando se o banco não deveria reforçar seu capital
 (Paul Thomas/Bloomberg)

Santander: analistas vinham questionando se o banco não deveria reforçar seu capital (Paul Thomas/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2015 às 13h22.

Madri - O espanhol Santander, o maior banco da zona do euro, vai cortar seus dividendos neste ano e aumentar seu capital com uma emissão de ações avaliadas em até 7,5 bilhões de euros (8,8 bilhões de dólares), disse nesta quinta-feira.

Embora o banco espanhol, sob a nova chefe Ana Botín, tenha passado por uma avaliação sobre a capacidade de capital dos bancos europeus no ano passado, a checagem mostrou que sua posição está mais fraca do que a de muitos de seus concorrentes.

Analistas vinham questionando se o banco, que obtém a maior parte de sua receita fora da Espanha, não deveria reforçar seu capital, mesmo que tenha sobrevivido à crise econômica espanhola e à crise financeira global sem registrar perdas trimestrais ou anuais.

"Eu acho que é a coisa certa a ser feita. Eles precisavam fortalecer sua base de capital", disse François Savary, vice-presidente de investimentos do grupo suíço bancário e de gestão de fundos Reyl, que possui algumas ações do Santander.

O Santander, um dos poucos grandes bancos que manteve dividendos inalterados após a crise financeira global de 2008, informou nesta quinta-feira que vai cortar o seu pagamento a partir de 2015 para 0,20 euro por ação, ante 0,60 euro anteriormente.

O aumento de capital ocorre depois de seis meses de reestruturação sob a liderança de Ana Botín, que tirou o antigo presidente-executivo Javier Marín em novembro e substituiu-o pelo chefe de finanças Jose Antonio Alvarez.

Botín assumiu o comando depois que seu pai Emilio Botín, que dirigiu o banco por 28 anos, morreu em setembro. Goldman Sachs e UBS serão os coordenadores do aumento de capital, disse uma fonte familiarizada com o assunto. Os bancos se recusaram a fazer comentários imediatos. 

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