Negócios

Scania lança caminhões mais "limpos"

Segundo a empresa, "serão os primeiros caminhões movidos a GNV/biometano do mundo"

Caminhões da companhia sueca Scania em concessionária de Berlim (Sean Gallup/Getty Images)

Caminhões da companhia sueca Scania em concessionária de Berlim (Sean Gallup/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de agosto de 2018 às 10h31.

Última atualização em 3 de agosto de 2018 às 10h35.

Uma nova geração de caminhões menos poluentes chega ao mercado brasileiro. Resultado de investimentos de R$ 1,5 bilhão feitos pela Scania na fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, a nova linha inclui cinco modelos movidos a gás natural, biometano e bioetanol.

Segundo a empresa, "serão os primeiros caminhões movidos a GNV/biometano do mundo". Na linha a diesel, o motor é 12% mais econômico do que o atual. A nova plataforma também está preparada para a produção futura de híbridos e elétricos.

A produção dos novos veículos começa em outubro e as entregas no início de 2019, informa Christopher Podgorski, presidente da Scania América Latina. Mais da metade da produção local é exportada para países latino-americanos.

A nova linha passa a ser feita no País dois anos após seu lançamento na Europa. Apesar de resistências no passado, o caminhão a GNV, desenvolvido com novas tecnologias, é visto pela Scania como alternativa economicamente viável e menos poluente, além de ser uma opção de rápida aplicação até que o mercado esteja preparado para outras tecnologias, como a eletrificação.

"O GNV tem custo de operação inferior ao do diesel, além de índice de emissão de poluentes até 70% menor", diz Silvio Munhoz, diretor comercial da Scania. Segundo ele, a infraestrutura de abastecimento já existe. Podgorski ressalta que o preço do veículo é mais caro, mas o retorno pode ser rápido.

Apesar de vários testes nos últimos anos, Ford, Iveco, MAN e Volvo não têm à venda caminhões a gás ou biogás. A Mercedes-Benz informa ter o produto disponível se houver demanda.

Investimento

Para o lançamento da nova geração de veículos, a fábrica da Scania passou por mudanças e ficará parada por duas semanas, em janeiro, para últimos ajustes. O projeto consumiu 60% do investimento de R$ 2,6 bilhões previsto para 2016 a 2020 e inclui a adoção de um novo conceito de vendas em que concessionários serão treinados para atuar como consultores. "O cliente diz para qual uso quer o caminhão, e o concessionário poderá indicar a melhor opção entre 35 diferentes aplicações disponíveis", diz Podgorski.

Acompanhe tudo sobre:CaminhõesScania

Mais de Negócios

Até mês passado, iFood tinha 800 restaurantes vendendo morango do amor. Hoje, são 10 mil

Como vai ser maior arena de shows do Brasil em Porto Alegre; veja imagens

O CEO que passeia com os cachorros, faz seu próprio café e fundou rede de US$ 36 bilhões

Lembra dele? O que aconteceu com o Mirabel, o biscoito clássico dos lanches escolares