Negócios

SEAE encaminhará parecer sobre fusão TAM/LAN ao Cade até julho

Secretaria informou que, apesar das críticas feitas no Chile sobre a fusão, a realidade do mercado brasileiro é distinta

Cade espera analisar o caso da fusão das empresas em dois meses (Alejandro Ruiz/Airliners.net)

Cade espera analisar o caso da fusão das empresas em dois meses (Alejandro Ruiz/Airliners.net)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2011 às 13h44.

Rio de Janeiro - O parecer da Secretária de Acompanhamento Econômico (SEAE) sobre a fusão entre as companhias aéreas TAM e a chilena LAN, anunciada em 2010, será encaminhado ao Cade até julho, segundo o secretário da pasta, Antônio Silveira.

Segundo ele, o Cade espera analisar o caso em dois meses.

"Estamos no final da instrução do caso LAN-TAM e nas próximas semanas, entre duas e três semanas, encaminharemos ao Cade. Estamos em fase de revisão final", disse Silveira a jornalistas nesta sexta-feira.

O representante da secretaria informou que, apesar das críticas feitas no Chile sobre a fusão, a realidade do mercado brasileiro é distinta, embora a LAN detenha grande participação de mercado no Chile.

"Santiago tem um terço da população do Chile, só tem um aeroporto internacional. Os motivos de preocupação do Chile são particulares deles e o Brasil tem outras preocupações", declarou ao observar que há uma troca de informações permanente com autoridades chilenas que atuam no caso.

"A preocupação no Chile ultrapassa a preocupação tradicional antitruste por conta da posição quase monopolista da LAN, há uma preocupação também regulatória, esse não é nosso caso. Aqui a agência reguladora olha apenas para os limites de participação do capital estrangeiro (de até 20 por cento)", adicionou Silveira.

"A preocupação dos órgãos brasileiros não podem ser com o mercado chileno. As questões internas do Chile não podem balizar nossas decisões." O conselheiro do Cade e relator do processo, Olavo Chinaglia, disse, mesmo antes de receber o documento da SEAE, que não deve haver empecilho para a união entre as companhias.

"Até o momento não foram identificadas preocupações maiores. Se tivesse algum problema maior já se teria tomado alguma medida", afirmou.

"Uma vez que o caso chegue no Cade, e, não havendo necessidade de instrução complementar em no máximo dois meses o caso estará julgado", finalizou o conselheiro do Cade.

Acompanhe tudo sobre:AviaçãoCadecompanhias-aereasEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasFusões e AquisiçõesLANLatamServiçosSetor de transporteTAM

Mais de Negócios

Com 20 minutos de trabalho por dia, jovem fatura quase meio milhão de dólares com vendas na internet

Casal investe todas as economias em negócio próprio — e fatura milhões com essa estratégia

Bamba, Kichute, Montreal, Rainha: o que aconteceu com as marcas de tênis que bombaram nos anos 80

Rappi zera taxa para restaurantes e anuncia investimento de R$ 1,4 bilhão no Brasil