Negócios

Société Générale não reivindicará dinheiro a ex-funcionário

Banco aceitou pedido do governo francês e não cobrará valor integral autorizado pela justiça

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de outubro de 2010 às 17h43.

Paris - O banco francês Société Générale não reivindicará os 4,9 bilhões de euros de danos e prejuízos sentenciados pela Justiça ao seu ex-operador de mercados, Jérôme Kerviel, pelas perdas milionárias que causou à entidade no começo de 2008.

O anúncio foi feito hoje na emissora "France Info" pela diretora de comunicação do grupo, Caroline Guillaumin, que declarou que "não se trata de reivindicar agora tal quantia a um só homem".

"Somos um banco responsável. Não queremos que um homem tenha essa dívida conosco durante tantos anos", acrescentou a porta-voz do banco sobre Kerviel, que, além de passar três anos na prisão, precisaria de mais de 177 mil anos para devolver o dinheiro que fez a entidade perder.

O ex-corretor da Bolsa foi condenado ontem a cinco anos de prisão - dos quais terá que cumprir três - e a pagar 4,9 bilhões de euros ao Société Générale pelo rombo multimilionário que causou ao fazer uma série de investimentos fictícios que se transformaram na maior fraude da bolsa da história da França.

"Para nós é uma sentença simbólica e importante", acrescentou Guillaumin, que defendeu um desfecho que beneficie os interesses dos acionistas e dos empregados, "levando em conta a situação de Jérôme Kerviel".

Desta forma, o Société Général acatou o pedido do porta-voz do Governo, Luc Chatel, que solicitou "um gesto" ao banco para negociar com Kerviel uma redução da sanção infringida, em vez de reivindicar os quase 5 bilhões de euros que o Tribunal Correcional de Paris o autorizou a cobrar.

Leia mais sobre bancos

Siga as últimas notícias de Gestão no Twitter

 

Acompanhe tudo sobre:BancosEuropaFinançasFrançaIndenizaçõesPaíses ricossetor-financeiro

Mais de Negócios

17 franquias baratas a partir de R$ 19.900 para empreender na aposentadoria

A fantástica fábrica de portas mira faturamento de R$ 500 milhões

O plano de R$ 10 bilhões da Cimed: como a farmacêutica quer dobrar de tamanho até 2030

Ele fatura milhões com caldos naturais e tem Ivete Sangalo como sócia