Negócios

Templeton zerou posição na Petrobras há 6 meses, diz Mobius

Mark Mobius, presidente-executivo da gestora, disse que o "escândalo" envolvendo a companhia foi o motivo das vendas


	Mark Mobius, da Franklin Templeton: o presidente-executivo da gestora, disse que o "escândalo" envolvendo a companhia foi o motivo das vendas
 (Dario Pignatelli/Bloomberg/Bloomberg)

Mark Mobius, da Franklin Templeton: o presidente-executivo da gestora, disse que o "escândalo" envolvendo a companhia foi o motivo das vendas (Dario Pignatelli/Bloomberg/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2016 às 13h59.

São Paulo - A gestora Templeton Emerging Markets zerou posição há seis meses na Petrobras, por conta de preocupações com os desdobramentos das investigações em curso na Operação Lava Jato.

Mark Mobius, presidente-executivo da gestora, disse, em conversa com jornalistas na manhã desta sexta-feira, 5, que o "escândalo" envolvendo a companhia foi o motivo das vendas.

Ele afirmou ainda que saiu dessa posição com perdas, mas que seus fundos estão realizando perdas em todas os investimentos em empresas no Brasil.

"Percebemos que o escândalo poderia ser um grande problema para a companhia e que haveria grande pressão dos investidores. Vendemos com grande perda, assim como está acontecendo em todas as nossas posições em Brasil. Mas isso faz parte do jogo e trata-se de uma questão de curto prazo", afirmou.

Mobius explicou que, de modo geral, a exposição em Brasil está menor esse este ano, refletindo os resgates que acontecem por parte dos investidores. Ele justificou ainda que alguns fundos acompanham índices, e que isso remete à redução de exposição no País.

Entre as companhias que estão na carteira dos fundos Templeton, Mobius citou Itaú Unibanco, Bradesco, Ambev, Localiza e BM&FBovespa. Ele considera que Itaú e Bradesco estão baratos na Bolsa. Mobius disse ainda que normalmente seus fundos movem muito pouco suas posições. As alocações em Brasil pelos fundos da Franklin Templeton estão abaixo de US$ 1 bilhão, de acordo com Mobius, menos que o registrado no final do ano passado, quando estavam um pouco acima de US$ 1 bilhão.

Os saques entre os fundos da Franklin Templeton não têm ocorrido somente em Brasil. De acordo com reportagem publicada na terça-feira pela agência de notícias Dow Jones, a Franklin Resources, que opera os fundos Franklin Templeton, informou queda de 13% nos ativos sob administração, globalmente, no quarto trimestre em relação ao ano anterior.

Acompanhe tudo sobre:BancosBradescoCapitalização da PetrobrasCombustíveisEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasFundos de investimentoGestores de fundosIndústria do petróleoMercado financeiroOperação Lava JatoPetrobrasPetróleo

Mais de Negócios

Por que pequenas empresas estão quebrando? Especialistas indicam estratégia para evitar colapso

Com US$ 6.500 e uma ideia simples, franceses criam marca global de óculos e faturam US$ 60 milhões

BRAVO Business Awards celebra 30 anos com homenagens a líderes da América Latina

Na Panasonic, a estratégia é avançar no mercado premium. Uma geladeira de R$ 22 mil vai ajudar