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TNT Express tem queda no lucro, ampliada por perdas no Brasil

Problemas com fusões realizadas no país causaram a queda no resultado da empresa

Sede da TNT Express em São Paulo: resultado ruim no Brasil (Reprodução/Google Maps)

Sede da TNT Express em São Paulo: resultado ruim no Brasil (Reprodução/Google Maps)

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Da Redação

Publicado em 31 de outubro de 2011 às 12h19.

Haia, Holanda - O grupo holandês de entregas expresso TNT Express, saído da divisão do grupo TNT, divulgou nesta segunda-feira para o terceiro trimestre um lucro líquido duas vezes e meio menor, por causa principalmente das perdas no Brasil.

O lucro líquido ficou em 5 milhões de euros para o período, depois de ter chegado a 14 milhões de euros no terceiro trimestre de 2010. Apesar da queda, o resultado representou uma leve alta em relação ao segundo trimestre de 2011, quando atingiu 4 milhões de euros.

A receita registrou uma alta de 1,3%, a 1,77 bilhão de euros.

O lucro teve uma queda clara pelas "atuais perdas operacionais no Brasil e pelas condições comerciais difíceis na Ásia e na Europa", indicou a TNT Express em um comunicado.

Os analistas consultados pela agência Dow Jones Newswires haviam previsto uma receita em alta de 1% e um lucro líquido de 5,7 milhões de euros.

As perdas brasileiras, segundo esses analistas, ocorreram por causa de "uma fusão fracassada" entre duas empresas que a TNT Express adquiriu no país.

Indicando que as vendas caíram de 11,5% no conjunto do continente americano, o grupo explicou que no Brasil o aumento da receita "ainda não é suficiente para cobrir as perdas de clientes maiores no passado".

A TNT Express anunciou também que iniciou um programa de redução de custos no trimestre anterior e que espera obter economias de cerca de 20 milhões de euros para o ano de 2011.

"Outras melhorias operacionais estão sendo identificadas com o objetivo de aumentar a rentabilidade em um ambiente econômico incerto", declarou a diretora executiva do grupo, Marie-Christine Lombard, citada no comunicado.

A divisão do grupo holandês TNT, aprovada em maio por seus acionistas, havia promovido a criação de duas empresas distintas: a TNT Express, que opera em mais de 200 países e emprega cerca de 82.000 pessoas, e o grupo postal PostNL, ativo principalmente na Holanda.

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