Negócios

Aeroporto de Viracopos tem pedido de recuperação judicial protocolado

A Triunfo, concessionária do aeroporto de Viracopos, informa o ajuizamento do pedido de recuperação judicial de três controladas

Viracopos: três controladoras tiveram pedido de recuperação judicial (Germano Lüders/Exame)

Viracopos: três controladoras tiveram pedido de recuperação judicial (Germano Lüders/Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de maio de 2018 às 07h37.

Última atualização em 7 de maio de 2018 às 07h41.

São Paulo - A Triunfo Participações e Investimentos - TPI, que é concessionária do aeroporto de Viracopos, informa o ajuizamento do pedido de recuperação judicial das controladas Aeroportos Brasil S.A. (ABSA), Aeroportos Brasil Viracopos S.A. e Viracopos Estacionamentos S.A.

O anúncio se segue à decisão unânime pelo ajuizamento, em caráter de urgência, em reunião do conselho de administração na última sexta-feira, dia 4.

Em fato relevante, a companhia diz que o pedido de recuperação judicial visa a preservar os ativos e a promover o equacionamento de sua situação financeira, "agravada nos últimos dias", para assegurar a continuidade das atividades, manutenção de postos de trabalho, recolhimento de tributos e pagamento dos créditos concursais. O Plano de Recuperação Judicial será apresentado "oportunamente para deliberação pelos credores", ainda segundo o fato relevante.

A empresa afirma que desde o início da vigência do contrato de concessão do complexo aeroportuário tem enfrentado prejuízos e dificuldades decorrentes de "eventos ensejadores de desequilíbrios econômico-financeiros do Contrato de Concessão", da falta de recomposição destes desequilíbrios pelo Poder Concedente e da crise macroeconômica de 2014, "que contribuiu para frustrar, em níveis absolutamente exorbitantes e imprevisíveis, a demanda de transporte de passageiros e movimentação de cargas que havia sido projetada à época da licitação."

Tal situação a teria impedido de arcar com o pagamento de certas outorgas e, mais recentemente, a renovação da apólice de seguro garantia de execução contratual.

A empresa disse que "para tentar equacionar esta crise de liquidez", em julho de 2017 requereu junto ao Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) e à Anac relicitação da concessão, mas "até o momento não foram adotadas pelas autoridades administrativas responsáveis as medidas necessárias à qualificação do Contrato de Concessão no âmbito do PPI, que consiste na primeira fase do processo de relicitação."

Também cita que a Agência Nacional de Aviação Civil instaurou processo administrativo sobre "supostos descumprimentos contratuais de natureza essencialmente financeira, sob pena de decretação da caducidade da concessão." Ao final de abril, a Advocacia-Geral da União (AGU) confirmou na Justiça a aplicação de multa de R$ 60 milhões pela Anac à concessionária, por descumprimento do contrato de concessão.

Ao final do fato relevante, a companhia diz que manterá a prestação de serviços e que as operações do aeroporto localizado em Campinas, no interior de São Paulo, seguirão dentro da normalidade.

Acompanhe tudo sobre:AeroportosAeroportos do BrasilRecuperações judiciais

Mais de Negócios

Conheça os líderes brasileiros homenageados em noite de gala nos EUA

'Não se faz inovação sem povo', diz CEO de evento tech para 90 mil no Recife

Duralex: a marca dos pratos "inquebráveis" quebrou? Sim, mas não no Brasil; entenda

Quais são os 10 parques de diversão mais visitados da América Latina — 2 deles são brasileiros