Hands holding glasses with beer on a table. Couple drinking beer and eating snacks, top view (Anjelika Gretskaia/Getty Images)
Redatora
Publicado em 17 de setembro de 2025 às 13h43.
Durante um encontro casual em Miami, Seth Goldstein foi alvo de uma provocação do amigo Steven Rofrano por comer Tostitos, um snack industrializado.
A conversa, inicialmente despretensiosa, resultou em uma reflexão sobre os ingredientes presentes nos alimentos industrializados, especialmente os óleos vegetais. Dali surgiu a ideia de criar uma alternativa mais saudável: chips fritos em sebo bovino.
Assim nasceu a Ancient Crunch, detentora das marcas MASA e Vandy, que transformou uma ideia inusitada em um caso milionário. As informações foram retiradas do site Entrepreneur.
Com bagagem no setor financeiro, Goldstein usou sua experiência para dar os primeiros passos com segurança. Ele e Steven investiram US$ 250 mil do próprio bolso para iniciar o negócio.
Seth contava com uma reserva acumulada em sua atuação como VP de um fundo de private equity. Steven teve um ganho considerável ao vender imóveis adquiridos na pandemia.
A startup captou, até agora, US$ 14 milhões em investimentos externos, mas a dupla admite que a necessidade de capital foi maior do que o previsto.
Ao contrário da maioria das marcas de bens de consumo, que terceirizam a produção, a Ancient Crunch optou por construir sua própria fábrica. Isso porque a técnica de fritura com sebo bovino não era atendida por nenhuma indústria convencional.
A decisão trouxe desafios logísticos e operacionais, mas também garantiu controle total da produção, o que se traduziu em um produto único no mercado. Quando a demanda superou as expectativas e causou uma ruptura de estoque, a empresa reagiu rapidamente: comprou novas fritadeiras e ampliou a operação.
Em apenas dois anos, a Ancient Crunch saiu de US$ 30 mil por mês para quase US$ 10 milhões em faturamento anual. E a meta para 2026 é ambiciosa: alcançar US$ 250 milhões.
Por trás desses números está uma gestão centrada em análise de performance, controle financeiro e decisões de alto impacto. Goldstein, que hoje trabalha cerca de 50 horas por semana, afirma que seu papel varia conforme o “maior incêndio do dia”, seja captação de recursos, marketing digital ou negociação com varejistas.
O conselho de Seth para quem quer empreender é direto: “Faça algo que as pessoas queiram, e coloque isso na frente de 100 milhões de pessoas o mais rápido possível”.
Para quem deseja empreender, ou mesmo escalar sua carreira, a história da Ancient Crunch é um retrato claro de como a fluência em finanças corporativas pode definir o sucesso de um negócio.
A capacidade de atrair capital, construir um modelo escalável, gerir riscos e entender margens e canais de distribuição é essencial. Nesse contexto, não basta ter uma boa ideia ou um produto diferenciado. É preciso saber transformá-los em números sólidos.
Por isso, a EXAME, em parceria com a Saint Paul Escola de Negócios, lançou o Pré-MBA em Finanças Corporativas — um treinamento criado para quem quer dominar a lógica dos números e utilizá-la como diferencial na trajetória profissional, por R$37,00.