Harvard Business School: confira dois erros que podem custar seu negócio (Image Source/Getty Images)
Redatora
Publicado em 22 de julho de 2025 às 18h26.
Transformar uma boa ideia em uma empresa de verdade exige mais do que inspiração e entusiasmo.
Para Julia Austin, professora da Harvard Business School e autora do livro After the Idea: What It Really Takes to Create and Scale a Startup, dois erros muito comuns são responsáveis por derrubar até mesmo os projetos mais promissores: a falta de validação de mercado e a ausência de um planejamento estrutural robusto.
As informações foram retiradas de CNBC Make It.
Esse comportamento impulsivo, segundo ela, é um erro fatal — especialmente para quem está em busca de construir um negócio escalável e financeiramente viável. A lição é especialmente relevante para profissionais de finanças corporativas.
Entender o mercado, mensurar a demanda real e avaliar a viabilidade financeira de um novo produto ou serviço não é apenas uma etapa do planejamento: é um imperativo estratégico.
“Quem são meus clientes? O que eles querem?” — essas são, segundo Austin, as perguntas mais importantes a serem feitas antes de qualquer investimento.
Mais do que dados superficiais ou validação via redes sociais, Austin recomenda pesquisas etnográficas e prototipagem com usuários reais. É esse tipo de análise aprofundada que permite identificar se há potencial de receita, retorno sobre investimento e espaço para expansão — pilares fundamentais para decisões financeiras bem embasadas.
Outro ponto crítico apontado por Austin é o despreparo estrutural. Muitos empreendedores subestimam o trabalho de montar a empresa como um todo, incluindo a cultura organizacional, o plano de contratações e os processos internos. “Trata-se de construir uma companhia inteira”, alerta.
Do ponto de vista da gestão financeira, negligenciar essa etapa pode resultar em desequilíbrio de custos, contratações mal planejadas, desperdício de recursos e impactos diretos na saúde econômica do negócio.
A autora defende uma abordagem que ela resume na frase “mover-se devagar para ir rápido”. Isso significa que, antes de acelerar o crescimento, é preciso ter uma fundação sólida.
Em termos práticos, isso exige do profissional de finanças a capacidade de projetar receitas futuras, estimar a base de clientes, mapear a estrutura necessária para atendê-los e, a partir disso, planejar contratações e investimentos com precisão.
Austin sugere que os empreendedores imaginem seus negócios seis a doze meses no futuro: quais serão os produtos? Quantos clientes estarão ativos? Qual será a receita estimada? E, principalmente, qual o tamanho da equipe necessária para alcançar essas metas?
Essas respostas ajudam a desenhar um organograma estratégico e evitar decisões erradas que podem custar caro mais adiante.
O alerta se estende a quem acredita que a velocidade é a chave do sucesso. Segundo a especialista, muitos fundadores têm medo de serem ultrapassados pela concorrência e apressam o processo. Mas ela lembra: “O Google não foi o primeiro motor de busca. O Facebook não foi o primeiro app de mídia social”. O diferencial, diz ela, está na execução, no timing — e, claro, na solidez financeira por trás das decisões.
Em um ambiente onde inovação e disrupção são palavras de ordem, o profissional de finanças que compreende a importância da validação de mercado e da estruturação organizacional se destaca não apenas por sua capacidade analítica, mas por sua visão estratégica.
Por isso, a EXAME, em parceria com a Saint Paul Escola de Negócios, lançou o Pré-MBA em Finanças Corporativas — um treinamento criado para quem quer dominar a lógica dos números e utilizá-la como diferencial na trajetória profissional, por R$37,00.