A Xerox, que descartou uma fusão planejada de 6,1 bilhões de dólares com a Fujifilm, divulgou um lucro trimestral abaixo das estimativas de Wall Street, uma vez que registrou custos mais altos ligados ao acordo fracassado com a empresa japonesa.

A Xerox, que vem explorando opções que incluem a venda da empresa, foi processada pela Fujifilm em mais de 1 bilhão de dólares em indenizações, mais uma rescisão de 183 milhões de dólares.

A fusão foi anunciada em janeiro e abandonada em 13 de maio, quando a Xerox, em acordo com os acionistas Carl Icahn e Darwin Deason, concordou em nomear novos diretores e substituir o presidente-executivo por John Visentin, apoiado por Icahn.

A Xerox também ameaçou encerrar um acordo de tecnologia com a joint venture Fuji Xerox, de 56 anos, e disse que começará a terceirizar produtos de novos fornecedores para reduzir sua dependência da Fujifilm. Em resposta, a empresa japonesa disse que está pronta para competir contra a Xerox na Ásia-Pacífico e desafiá-la nos EUA e na Europa, se não renovar o acordo em 2021.

A Fuji Xerox, da qual a Fujifilm detém 75 por cento, lida com contratos que fornecem a clientes globais serviços da Xerox nos EUA e na Europa, bem como serviços da Fuji Xerox na Ásia.

O lucro líquido atribuível à Xerox caiu para 112 milhões de dólares, ou 0,42 dólar por ação, no segundo trimestre, ante 166 milhões, ou 0,63 dólar por ação, um ano antes. O lucro foi afetado pelos custos de transação de 58 milhões de dólares.

Excluindo itens, a empresa com Xerox reportou lucro de 0,80 dólar por ação, abaixo da estimativa média de analistas de 0,83 dólar, segundo a Thomson Reuters I/B/E/S.

A receita total caiu 2,2 por cento, para 2,51 bilhões, mas superou a estimativa dos analistas de 2,49 bilhões de dólares.

A empresa também disse que vai recomprar até 500 milhões de dólares em ações em 2018.