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R$ 1 bi em 1 mês: como a Acqua-Vero atingiu a marca pós-migração ao BTG

Um dos principais escritórios de investimentos do país, o paulistano Acqua-Vero trocou a XP pelo BTG em maio deste ano. A meta é chegar a R$ 5 bi até o fim de 2021 e ter 50 filiais até o ano que vem

Daniel Bonaldi e Eduardo Akira, da Acqua-Vero: tecnologia para entender melhor o perfil do cliente, e assim, ajustar a oferta de produtos financeiros (Leandro Fonseca/Exame)

Daniel Bonaldi e Eduardo Akira, da Acqua-Vero: tecnologia para entender melhor o perfil do cliente, e assim, ajustar a oferta de produtos financeiros (Leandro Fonseca/Exame)

LB

Leo Branco

Publicado em 20 de julho de 2021 às 13h13.

Um dos maiores escritórios de investimentos do país, o paulistano Acqua-Vero comemorou a marca de 1 bilhão de reais em patrimônio dos clientes captados em 23 dias úteis de junho.

"A aceleração da carteira de clientes foi grande nesse período", diz Eduardo Akira, um dos sócios-fundadores da Acqua-Vero.

A conquista vem num momento de mudanças profundas por ali. Resultado da fusão entre dois dos maiores escritórios da XP, a Acqua e a Vero, em dezembro de 2020, o escritório está plugado desde maio deste ano ao ecossistema do banco BTG Pactual (do mesmo grupo que controla a EXAME).

A mudança de casa coincide com planos ambiciosos para o escopo de atuação do escritório. A meta é virar uma corretora, uma tipo de negócio com mais autonomia para recomendação de produtos financeiros aos clientes do que o formato atual, de agentes autônomos.

A virada de chave depende de uma autorização do Banco Central, a ser pedida nos próximos meses, a depender da velocidade de captação de novos clientes. 

A julgar pelo volume de negócios registrado em junho, o patrimônio líquido deve chegar a 5 bilhões de reais ainda em 2021. Antes da migração para o BTG, o escritório tinha 8,5 bilhões de reais dos clientes. 

A expectativa de Akira é ultrapassar esse patamar nos próximos meses, seguindo os passos do EQi, escritório que migrou da XP para o BTG em julho do ano passado e já alcançou o volume pré-migração.

Por trás dos bons resultados estão investimentos em tecnologia para conhecer a fundo a jornada de pessoas físicas e jurídicas interessadas no mercado financeiro.

A começar pela abertura de um site com vídeos e textos com os primeiros passos para investir no mercado financeiro. 

De posse de dados pessoais dos espectadores desses conteúdos, e do padrão de consumo dessas informações, uma tecnologia de inteligência artificial desenvolvida pela própria Acqua-Vero manda ofertas de produtos financeiros adequados às estratégias de investimento dos clientes. 

As informações têm ajudado os sócios da Acqua-Vero a segmentar produtos dedicados para cada um dos cinco perfis de clientes atendidos: digital (até 200.000 reais em carteira), exclusivo (de 200.000 a 700.000 reais), alta renda (até 3,5 milhões de reais), private (acima de 3,5 milhões de reais) e corporate (empresas).

"Conseguimos, assim, ter uma estratificação bastante clara dos clientes e ofertar produtos de acordo com o perfil de risco de cada investidor", diz Akira. Os investimentos na expansão do portal estão entre as prioridades para os próximos meses.

Para além dos investimentos em tecnologia, o Acqua-Vero deve embarcar numa expansão geográfica agressiva em breve. Atualmente, a Acqua-Vero tem 16 filiais, 250 funcionários e mais de 20.000 clientes. 

O plano é chegar a 50 unidades até o fim de 2022. No radar estão cidades médias a partir de 150.000 habitantes. "Estamos olhando com carinho as cidades com PIB em rápida expansão pelo agronegócio", diz Akira.

A história da Acqua-Vero remonta a 2012, com a fundação do Acqua por Eduardo Siqueira e Edgar Castro, com foco no mercado de varejo para investidores em estágio inicial. Já a Vero, fundada em 2015 por Eduardo Akira e o sócio Daniel Bonaldi, tinha o foco no cliente de alta renda. "Competências complementares ajudaram a formar um escritório capaz de atender a todo tipo de demanda", diz Akira. 

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