Freddie Mercury: cantor teve filha secreta, segundo livro (Steve Jennings/WireImage/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 24 de maio de 2025 às 12h45.
Freddie Mercury, vocalista do Queen, teve uma filha secreta. Ao menos é o que revela a nova biografia do cantor, intitulada Love, Freddie.
Segundo a obra, a criança foi concebida em 1976 durante um caso com a esposa de um amigo próximo, numa gravidez não planejada, e Mercury manteve uma ligação afetiva próxima até sua morte, em 1991.
A mulher, identificada apenas pela inicial B, tem hoje 48 anos e atua como médica na Europa.
Durante anos, ela manteve em segredo 17 volumes dos diários pessoais do cantor, documentos que registram momentos fundamentais de sua vida e que agora foram compartilhados com a biógrafa Lesley-Ann Jones para compor o livro inédito.
Em uma carta manuscrita, incluída na biografia, B descreve sua relação com Mercury como profunda e afetuosa. “Freddie Mercury foi e é meu pai. Tivemos uma relação muito próxima e amorosa desde o momento em que nasci e durante os últimos 15 anos de sua vida. Ele me adorava e era dedicado a mim", disse ela.
Apesar das circunstâncias incomuns de seu nascimento, a filha enfatiza que o comprometimento do artista nunca esteve em dúvida.
A identidade de B e sua existência foram mantidas sob sigilo absoluto, conhecida apenas pelos amigos e familiares mais próximos do cantor.
O livro apresenta também os diários de Mercury, iniciados em 20 de junho de 1976, logo após o lançamento do single You’re My Best Friend. Neles, o artista detalha sua infância em Zanzibar, seu nome original Farrokh Bulsara, a educação em uma escola britânica na Índia e a mudança da família para Londres após a revolução que ocorreu em 1964.
O último registro dos diários data de 31 de julho de 1991, quando a saúde do cantor já estava fragilizada em decorrência da broncopneumonia provocada pela Aids, doença que causou sua morte aos 45 anos.
B revela no livro que escolheu contar sua história após mais de 30 anos em que segredos, especulações e boatos dominaram o discurso público. “Depois de mais de trinta anos de mentiras, especulações e distorções, é hora de deixar Freddie falar. Aqueles que conheciam minha existência mantiveram seu maior segredo por lealdade a ele. A decisão de me revelar é minha, e não fui coagida a isso.”
A biógrafa Lesley-Ann Jones, que acompanhou a elaboração da obra, afirmou ao The Guardian que só começou a acreditar na história após anos de trabalho e investigação. “Conheci B há três anos e inicialmente duvidei, pois é uma história difícil de aceitar. Mas estou absolutamente certa de que ela não é uma fantasiosa. Ninguém conseguiria forjar tudo isso, e por que ela trabalharia comigo por três anos e meio sem pedir nada?”, disse Jones.