Invocação do Mal: a história real da família Perron que viveu uma década de terror (Invocação do Mal/Reprodução)
Redação Exame
Publicado em 9 de maio de 2025 às 06h58.
Invocação do Mal, lançado em 2013, não é apenas um sucesso de bilheteria dentro do gênero de terror: ele também é um dos filmes que mais popularizaram a atuação do casal de demonologistas Ed e Lorraine Warren.
O longa é vendido como “baseado em fatos reais” — e, de fato, se apoia em uma história documentada da década de 1970, quando uma família americana alegou viver eventos paranormais intensos.
Roger e Carolyn Perron se mudaram com suas cinco filhas, em 1970, para uma antiga casa em Harrisville, Rhode Island, nos Estados Unidos.
O imóvel, conhecido como The Arnold Estate, trazia consigo uma longa lista de registros históricos perturbadores: mortes violentas, suicídios, agressões e até relatos de bruxaria.
As manifestações começaram de forma leve: barulhos, objetos movendo-se sozinhos, sussurros, figuras e sombras.
Mas rapidamente se tornaram mais intensas — principalmente contra a matriarca da família, que teria sido o alvo de uma presença identificada como Bathsheba Sherman. Segundo relatos, ela seria uma mulher acusada de práticas ocultistas no século XIX, que teria morrido na propriedade.
A situação chamou a atenção do casal Warren, que já investigava casos sobrenaturais nos EUA. Eles realizaram sessões na casa, buscaram contato espiritual e tentaram fazer uma limpeza energética no ambiente.
Mas a experiência foi tão extrema que, anos depois, os próprios Warren teriam declarado não terem conseguido resolver o caso.
A família permaneceu na residência por cerca de uma década antes de se mudar definitivamente. O caso se tornou um dos mais emblemáticos do arquivo de Lorraine e Ed Warren — tanto que foi usado como base para a criação do universo cinematográfico da franquia, que inclui outros filmes como Annabelle e A Freira.
O roteiro de Invocação do Mal foi construído com base em entrevistas, documentos e até gravações cedidas pela família Perron e pelos Warren.
Uma das mais conhecidas é uma fita em que Carolyn Perron narra os episódios vividos na casa. A ambientação do filme, no entanto, foi recriada em estúdio e com diversas liberdades criativas.
Embora parte do público veja com ceticismo a ideia de que o filme seja “baseado em fatos reais”, a popularidade da obra reacendeu o interesse por investigações paranormais e debates sobre fenômenos não explicados pela ciência.
A casa original ainda existe e continua sendo motivo de curiosidade para caçadores de fantasmas, historiadores e entusiastas do oculto. Alguns chegaram a pagar visitas para ver de perto o local que, segundo testemunhos, permanece com uma “energia estranha”.