Redação Exame
Publicado em 1 de maio de 2025 às 07h01.
Em 26 de dezembro de 1996, a menina JonBenét Ramsey, de apenas 6 anos, foi encontrada morta no porão de sua casa, em Boulder, no Colorado (EUA). Ela havia desaparecido durante a madrugada de Natal. O caso, até hoje sem solução definitiva, tornou-se um dos crimes mais emblemáticos da história americana recente.
Na manhã do crime, a mãe da criança, Patsy Ramsey, encontrou uma carta de resgate exigindo US$ 118 mil. Horas depois, o pai, John Ramsey, localizou o corpo da filha no porão da casa. A autópsia revelou que JonBenét foi estrangulada com um garrote e sofreu traumatismo craniano, além de apresentar sinais compatíveis com abuso sexual.
A criança participava de concursos de beleza infantil — o que intensificou o interesse da imprensa e do público. Com grande exposição midiática, o caso se tornou um fenômeno cultural e abriu espaço para teorias controversas.
Durante os anos seguintes, os pais e o irmão mais velho, Burke Ramsey, estiveram entre os principais suspeitos. Apesar de um júri ter recomendado acusações formais contra os pais em 1999, o promotor do caso decidiu não apresentar queixa, citando insuficiência de provas. Mais tarde, exames de DNA retiraram os familiares do centro da investigação.
A investigação também foi marcada por falhas processuais nas primeiras horas após o crime, incluindo manipulação da cena e atrasos na perícia, o que comprometeu parte das evidências. Mesmo com o passar dos anos, a polícia de Boulder manteve o caso em aberto, acumulando mais de 50 mil páginas de documentos, além de centenas de suspeitos e testemunhas investigadas.
Em 2024, uma nova força-tarefa foi formada com o objetivo de revisar todo o material do caso usando técnicas modernas de investigação.
A expectativa das autoridades é alcançar uma conclusão até o fim deste ano. A reabertura ganhou força com o lançamento do documentário da Netflix "Caso Arquivado: Quem Matou JonBenét Ramsey?".
A produção trouxe depoimentos inéditos e revelou que o pai da vítima recebeu recentemente uma carta anônima com uma suposta confissão — ainda sob análise.
Mesmo quase três décadas depois, o mistério sobre quem matou JonBenét continua em aberto.