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'Jurassic World': o que poderia ser real e o que é ficção na clonagem de dinossauros?

A trama do novo filme gira em torno de uma missão ultrassecreta, em que cientistas tentam usar amostras de DNA de criaturas extintas para desenvolver medicamentos revolucionários

Jurassic World: ficção científica e biotecnologia misturadas na recriação de dinossauros (Divulgação)

Jurassic World: ficção científica e biotecnologia misturadas na recriação de dinossauros (Divulgação)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 7 de julho de 2025 às 16h13.

Última atualização em 7 de julho de 2025 às 16h20.

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"Jurassic Park", uma das franquias mais populares do cinema, mistura ficção científica com conceitos reais de biotecnologia desde 1993. A ideia de recriar dinossauros e outras criaturas pré-históricas gerou fascínio de muita gente nos últimos 30 anos. Mas o que o público vê na tela está longe de ser realidade — principalmente quando se trata de trazer esses gigantes de volta à vida.

No novo capítulo da saga, "Jurassic World: Recomeço", a trama gira em torno de uma missão ultrassecreta, em que cientistas tentam usar amostras de DNA de criaturas extintas para desenvolver medicamentos revolucionários. Embora a biotecnologia avançada não esteja tão distante das pesquisas reais, a ideia de "desextinguir" dinossauros está muito além das capacidades atuais da ciência.

Os filmes da franquia abordam a clonagem de dinossauros por um conceito curioso: a extração de DNA preservado de mosquitos fossilizados, que teriam se alimentado do sangue dos dinossauros. A ideia é um grande atrativo para os fãs, mas permanece só no domínio da ficção científica.

O que é possível e o que é ficção?

Especialistas em biologia e genética afirmam que a clonagem de dinossauros é atualmente impossível. “Não há possibilidade de reviver um dinossauro com a tecnologia de clonagem que temos hoje. O DNA dos dinossauros é muito antigo e se deteriora rapidamente”, explica André Grioles, em entrevista à Revista Quero Bolsa. Em comparação, pesquisas recentes de clonagem de animais extintos há 10 mil anios, como o lobo-terrível, apenas modificaram geneticamente espécies vivas para reverter características desaparecidas.

A clonagem de dinossauros, com base em DNA de mosquitos fossilizados, está em um estágio muito distante. A ciência já utiliza genética para clonar animais, como o caso do mamute-lanoso, que está sendo reconstituído por cientistas da empresa Colossal Biosciences. Mas a recriação de dinossauros é mais desafiadora justamente pela deterioração do DNA, ao longo de 65 milhões de anos.

Outro aspecto de "Jurassic World" que é idealizado é a imagem do paleontólogo como um herói que descobre fósseis completos e faz grandes descobertas. Na realidade, a paleontologia é bem mais complexa e difícil. “Encontrar fósseis completos de dinossauros é extremamente raro. Na maioria das vezes, são encontrados fragmentos, dentes e até vestígios como pegadas”, explica Grioles à Quero Bolsa. Além disso, a paleontologia abrange muito mais do que apenas dinossauros, com foco também em microfósseis e restos vegetais.

Quais espécies são reais em 'Jurassic World: Recomeço'?

No novo filme da franquia, uma das maiores inovações é a introdução do "Distortus rex", uma espécie mutante com seis membros e traços de criaturas de filmes de ficção científica como "Star Wars" e "Alien". Essa criação, no entanto, é puramente ficção. Não existem registros fósseis ou qualquer evidência científica que sugira que tal dinossauro tenha existido ou que mutações genéticas possam criar algo semelhante.

Mas há outras espécies abordadas no filme que realmente existiram. São elas:

  • Mosassauro: a espécie marinha realmente existiu há 80 milhões de anos e foi extinta durante as mudanças climáticas do período Cretáceo;
  • Quetzalcoatlus: embora tenha sido representado um pouco maior nos filmes do que na vida real, a espécie também existiu há 66 milhões de anos;
  • Titanossauro: o dinossauro clássico da franquia é um que existiu há milhares de anos e tinha muitas variações. Eles podiam chegar a 26 metros de altura e pesar até 70 toneladas;
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